Região

Lançados concursos para aproveitamento turístico das estações da Lousã e Serpins

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 07-09-2022

A Turismo Fundos, entidade responsável pelo programa Revive Natureza, lançou hoje os concursos públicos para o aproveitamento turístico das estações ferroviárias da Lousã e de Serpins.

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O concurso atribui, durante 25 anos, os direitos de exploração daquelas duas estações, que serviam o ramal da Lousã, desativado há mais de dez anos na sequência do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) que deverá entrar em funcionamento apenas em 2024.

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De acordo com a Turismo Fundos, que gere o programa de valorização de património do Estado Revive Natureza, a estação da Lousã terá um preço mínimo de cerca de dez mil euros anuais e a de Serpins de cerca de quatro mil euros.

Cada uma das estações tem pouco mais de 300 metros quadrados cada uma, estando as candidaturas abertas entre hoje e 05 de janeiro de 2023, referiu o presidente da Turismo Fundos, Pedro Moreira, na cerimónia de lançamento dos concursos, realizada hoje no salão nobre da Câmara Municipal da Lousã, no distrito de Coimbra.

O uso dos espaços terá de ser para “fins turísticos ou atividades conexas” e são majoradas propostas de empresas com sede na Lousã ou em concelhos vizinhos, aclarou.

De acordo com o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, a cedência foi consertada com a Metro Mondego, que definiu as áreas necessárias para a sua operação junto àquelas duas estações, no âmbito do SMM.

“Entendemos que este caminho como valorização do património, reforço da identidade do concelho e do seu posicionamento turístico contribui para honrar a nossa história e promover o desenvolvimento do concelho”, realçou, destacando a possibilidade de se dar “um novo uso a estes dois espaços com história”.

As duas estações “desempenharam um papel muito importante no ramal da Lousã e, agora, irão continuar a ser pontos de chegada, de partida e indutores de desenvolvimento”, realçou.

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, também presente na cerimónia, destacou o trabalho feito quer pela Turismo de Portugal quer pela IP (Infraestruturas de Portugal) no Revive Natureza, que procura “regenerar os territórios” e requalificar património.

“O Revive Natureza materializou-se na pandemia. Isso mostra bem que, durante os dois anos de pandemia, trabalhámos de forma empenhada, em novos programas, na perspetiva da retoma que está a chegar”, salientou.

O presidente da IP [Infraestruturas de Portugal] Património, Carlos Fernandes, referiu que existem 2.600 quilómetros de ferrovia no país, estando 1.000 quilómetros desativados.

Desses 1.000, cerca de 70% já estão subconcessionados, nomeadamente através da sua transformação em ciclovias, notou.

Atualmente, há concurso para atribuição de direitos de exploração em dez estações ferroviárias, referiu.

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