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Brasil “celebra” Dia da Amazónia com 12.133 focos de incêndio em quatro dias

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 05-09-2022

O Brasil celebra hoje o Dia da Amazónia com pouco para festejar, depois de nos últimos quatro dias o número de incêndios ter sido o equivalente a mais de dois terços do total de setembro de 2021.

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O mês de agosto foi também o pior dos últimos 12 anos.

O Instituto Nacional de Investigação Espacial (INPE) identificou 12.133 focos de incêndio na Amazónia de 01 a 04 de setembro, mais de 70% do número registado durante todo o mês do ano passado.

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Em setembro de 2021, tinham sido registados 16.742 incêndios florestais, bem abaixo da média de 32.110 incêndios para aquele mês do ano desde 1998, quando o INPE começou a recolher estes dados.

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Mas os números dos últimos quatro dias são ainda preocupantes: se a média de mais de 3.000 incêndios por dia continuar, este setembro poderá ser um dos piores da história.

Em agosto, o número de incêndios florestais na Amazónia aumentou 18% em relação ao ano passado, com 33.116 incêndios, o maior desde 2010.

Para a organização não-governamental Observatório do Clima, a Amazónia “está sob ataque de criminosos que, encorajados pelo Governo, estão a causar a maior onda de destruição da floresta em quase duas décadas”.

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que procura ser reeleito em menos de um mês, foi acusado por ambientalistas de negligenciar a preservação da Amazónia em favor da agricultura e da exploração mineira.

“Este Dia da Amazónia será o último sob Bolsonaro, ou o último de todos”, disse o Observatório do Clima numa declaração.

Desde que Bolsonaro chegou ao poder em janeiro de 2019, a desflorestação média anual na Amazónia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior.

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