Política

Líder do PSD acusa António Costa de “matar o próximo ministro da Saúde”

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 04-09-2022

O presidente do PSD acusou hoje o primeiro-ministro de “matar o próximo ministro da Saúde” ao dizer que a política no setor vai continuar igual, criticando “a arrogância” de António Costa.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

No encerramento da 18.ª edição da Universidade de Verão do PSD, que decorre desde segunda-feira em Castelo de Vide (Portalegre), Luís Montenegro avisou que, se a política de saúde vai continuar a ser a mesma, “vai continuar a haver urgências fechadas, portugueses sem médicos de família, consultas adiadas”.

PUBLICIDADE

Numa intervenção de cerca de meia hora, mais curta do que o habitual, o líder do PSD dedicou o arranque à demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, anunciada na madrugada de terça-feira.

“A ministra demitiu-se dizendo que não tinha condições para continuar. Qual é a resposta do primeiro-ministro? Então se não tem condições, fica mais umas semanas para decidir coisas importantes para as quais julga não ter condições. Isto é uma contradição”, criticou.

Luís Montenegro acusou mesmo António Costa de arrogância por já ter afirmado publicamente que “a política de saúde vai ser a mesma”.

“É caso para dizer que António Costa já está a matar o próximo ministro ou ministra da Saúde, porque já lhe está a desejar uma política que deu maus resultados”, disse, aconselhando o primeiro-ministro a ter humildade e reconhecer que a política de saúde falhou.

Para Luís Montenegro, os problemas registados no setor da saúde “não eram da ministra, embora possa ter dado as suas contribuições”.

“O problema é do primeiro-ministro, do PS. Este PS quis fechar o SNS na esfera estatal não perdendo que aquilo que importa: o cidadão, que precisa de cuidados de saúde, independentemente de os ter num hospital público, privado ou numa IPSS”, considerou.

Luís Montenegro reiterou que “o maior amigo da saúde privada em Portugal” é António Costa, referindo-se ao aumento do número de pessoas com seguros de saúde em Portugal.

“Não venham com essa conversa de treta e da treta, nós não somos amigos do setor privado e do setor social, nós somos amigos das pessoas e estamos preocupados com as pessoas. Quem dizer que o PSD tem outro interesse é desonesto”, vincou, acusando a esquerda e o PS de fazerem “muito pior ao SNS” do que os sociais-democratas.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE