O deputado na Assembleia da República Ricardo Lino, o engenheiro mecânico Daniel Antão e o advogado Ricardo Bandeira disputam, no dia 08 de outubro, a presidência da concelhia socialista de Coimbra.
Ricardo Lino, de 41 anos, explicou que a sua candidatura, apresentada publicamente ao final da tarde de hoje, visa “agregar e não excluir”, em prol de uma nova visão da política autárquica, que “pense Coimbra para as próximas décadas e não apenas para a próxima eleição”.
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“Precisamos de uma visão corajosa e de banda larga que pense Coimbra para as futuras gerações e não apenas para a próxima eleição, precisamos de uma visão solidária, humanista e inclusiva que pense Coimbra na sua pluralidade, sem deixar ninguém para trás. Precisamos por isso, de todos e de todas para dar voz, corpo e alma a esta nova visão para o futuro de Coimbra e das suas gentes”, sustentou.
O deputado e antigo assessor na Câmara Municipal de Coimbra durante o mandato de Manuel Machado delineou como primeira meta reconquistar a presidência do município para o PS.
“É inequívoca a necessidade de uma nova geração de políticas autárquicas abordando os atuais desafios do país e do mundo que também se refletem em Coimbra e afetam os nossos jovens, as famílias e as nossas empresas. As áreas da habitação, educação, ação climática, captação de investimento e geração de emprego são de importância central para uma Coimbra moderna e solidária, onde todos se sintam bem e possam encontrar oportunidades de realização pessoal, profissional e familiar”, acrescentou.
Em declarações à agência Lusa, Daniel Antão revelou que a sua candidatura tem como horizonte devolver a Coimbra a ideia de coesão e de progresso, sendo para tal necessário “unir o partido”.
“É preciso criar uma dinâmica interna forte e coesa, com proximidade às secções, freguesias e autarcas locais. Também é necessário chegar aos nossos eleitos na Assembleia da República e dessa forma fazer a interação necessária na defesa de obras estruturantes em curso ou outras em projeto, como é o caso da A13 e da mobilidade, nomeadamente a relação que terá de existir entre SMTUC e Metro”, referiu.
O engenheiro mecânico de 43 anos, que trabalha nas Águas de Coimbra, pretende “alavancar um novo projeto para a cidade”, uma vez que acredita que o futuro de Coimbra “passará sempre pelo Partido Socialista”.
“Pretendo que os conimbricenses voltem a confiar no partido como força de poder local. Há muitas questões estruturantes, mas destaco, do ponto de vista social, a preocupação de se fixar trabalho jovem e qualificado, o que exige estratégias e é estruturante para o progresso a médio e longo prazo da cidade”, apontou.
Já o advogado Ricardo Bandeira disse à Lusa que pretende chegar à liderança da concelhia do PS sob o lema “Coimbra Merece Mais”, assentando a sua linha programática na tríade “Mobilidade, Habitação e Ambiente”, embora sem descurar as restantes.
Aos 35 anos, o candidato, que foi assessor jurídico do vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa no anterior mandato, frisou que pretende promover o debate interno no partido, com vista a “um futuro virar de página do ciclo autárquico”.
“Quero contribuir para uma reflexão profunda daquilo que é a posição do partido perante o futuro da cidade, um futuro que pretendemos agregador e focado nos grandes problemas sociais da cidade, entre os quais o problema da carência habitacional para a classe média. Pretendo ainda repensar o tecido urbano, de forma a reposicionar a figura dos espaços verdes no desenvolvimento e contributo para o equilíbrio dos ecossistemas”, disse.
Para além do debate, a sua candidatura – que será apresentada publicamente na quarta-feira, pelas 21:00, na sede do Partido Socialista de Coimbra – quer fazer “uma prova de vitalidade do partido”, na sequência do que foi o resultado autárquico do ano passado.
“Queremos mostrar que estamos vivos, somos bastante recomendáveis e que os nossos melhores dias fazem parte do futuro e não do passado”, concluiu.
A Concelhia do PS de Coimbra é atualmente liderada por David Ferreira da Silva.
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