Política

Ministro das Infraestruturas acusa líder do PSD de ser desrespeitoso e ofensivo com adversários

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 29-07-2022

O ministro das Infraestruturas afirmou hoje que não é o líder do PSD, Luís Montenegro, que lhe confere autoridade política e acusou o dirigente social-democrata de ser “desrespeitoso e ofensivo” para com os adversários políticos.

PUBLICIDADE

“Não é o líder do PSD que me confere ou não autoridade política. Quem me confere autoridade política é o primeiro-ministro”, disse Pedro Nuno Santos, confrontado com as declarações de Luís Montenegro, que, na quinta-feira, tinha dito que não reconhecia ao ministro das Infraestruturas autoridade política para intervir no diálogo sobre o novo aeroporto.

“Eu, antes de mais, lamento o estilo desrespeitoso e ofensivo para com os adversários políticos que caracterizam o líder do PSD. E não é de agora, não é nenhuma novidade para nós. Normalmente, quando não se tem substância, ofende-se o adversário. Se algum dia o líder do PSD conseguir formar um governo, aí sim, ele vai poder dar e tirar autoridade política aos seus ministros. Até lá, tem de lidar com os ministros da República, do seu país”, acrescentou.

PUBLICIDADE

A polémica, como recordou Pedro Nuno Santos, começou quando o líder do PSD questionou publicamente o Governo sobre o arranque das obras no aeroporto Humberto Delgado.

 “Eu, como ministro das Infraestruturas, aquilo que fiz – porque não tinha percebido exatamente aquilo que o líder do PSD estava a pedir – foi devolver com três questões”, disse.

PUBLICIDADE

publicidade

Pedro Nuno Santos garantiu que pretendia apenas saber se Luís Montenegro se referia às obras de ampliação do aeroporto Humberto Delgado, às obras a que a concessionária [ANA/Vinci] está contratualmente obrigada, ou se eram outras obras, e se as questões deviam ser dirigidas ao Governo ou à concessionária.

 O ministro das Infraestruturas reafirmou também que os partidos de esquerda, BE e PCP, não mudaram de posição sobre o novo aeroporto, mas que o PSD parece querer sair da fotografia do projeto que desenhou para o novo aeroporto de Lisboa.

“A oposição do PCP e do Bloco de Esquerda à solução que o Governo de Pedro Passos Coelho tinha desenhado era conhecida, não era nenhuma novidade e, portanto, toda a gente sabia que não iriam nunca facilitar um processo que concretizasse uma solução aeroportuária com a qual eles não concordavam”, disse.

“A novidade não foi o PCP e o Bloco. A novidade foi o PSD ter feito um conjunto de exigências que atrasaram, ou que atrasariam, a concretização de uma infraestrutura ou de uma solução que tinha sido por si escolhida. E por isso é que eu disse, e repito, que o PSD não se pode pôr de fora de uma fotografia da qual faz parte”, concluiu Pedro Nuno Santos.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE