Muitos são os jovens universitários, quase todos acompanhados pela família, que invadem a loja “A Toga” na Avenida Sá da Bandeira, em Coimbra, para comprar o traje académico.
A três semanas da Queima das Fitas, Carlos Alves da loja “A Toga” garante que os estudantes mantêm vontade de comprar traje para vestir, no entanto a falta de matéria-prima preocupa o responsável.
“Nós também estamos a ser um pouco vítimas do que acontece atualmente, tanto devido à covid-19 como à guerra que existe atualmente, mas ainda conseguimos ter oferta para a procura, não com a celeridade que queríamos”, disse, ao Notícias de Coimbra Carlos Alves.
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“A matéria-prima que falta infelizmente é o que constitui o tecido que é a linha. E o problema começa na origem, porque o resto do processo continua normal”, acrescenta.
A loja “A Toga” veste os estudantes há 32 anos, tem a fábrica em Castelo Branco e está em sete cidades, para além de Coimbra, também está em Lisboa, Viseu, Braga, Vila Real, Guarda e Porto.
“O serviço de pós-venda acaba por ser o nosso grande fator diferenciador”, confessa o comerciante.
Em dois anos de pandemia, em que as grandes concentrações e festejos das Queimas das Fitas estiveram canceladas, muitos foram os estudantes que preferiram ir adiando a compra dos trajes, reforça Carlos Alves, admitindo que há bastante afluência e que dá para recuperar uma parte do que perderam durante esse período.
A abertura da loja na Avenida Sá da Bandeira é às 10:00, mas a fila já ia longa, quando as portas abriram e o responsável atesta o frenesim diário dos últimos dias, dos quais “até já tinha saudades”, realçando que as sete colaboradoras que estão ao balcão não têm mãos a medir.
Enzo, tem 20 anos, é brasileiro e estuda na Faculdade de Direito na Universidade de Coimbra, e começa a vestir o fato académico, acompanhado pela mãe, pelo pai e pelo padrinho, a emoção está bem presente.
Os pais vieram de propósito para acompanhar o filho neste dia tão importante e transmitem em direto para o Brasil, onde está o resto da família no momento em que o jovem coloca a capa aos ombros.
Do outro lado uma voz: “ele está tão bonito, é um orgulho”, é a avó, que chora de alegria por ver o neto de capa e batina.
Afonso Abreu, de 19 anos, também já está trajado, acompanhado do padrinho e atira ” a capa é um pouco pesada por causa do espírito académico”, admitindo que este ano de caloiro foi muito especial.
Os trajes neste estabelecimento sofreram um aumento de cinco euros (mulher) e 7,5 euros (homem). O feminino varia entre os 120 e os 175 euros e o masculino fixa-se entre os 170 e os 250 euros.
A Queima das Fitas de Coimbra decorre de 20 a 27 de maio.
Veja os diretos NDC:
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