A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, afirmou hoje que Governo está a acompanhar com preocupação o aumento do preço dos combustíveis, sublinhando que o adiantamento de 1.500 euros às corporações de bombeiros vai minimizar os impactos.
“Estamos a acompanhar como vai evoluir daqui para a frente [preço dos combustíveis] e achamos que era fundamental dar aqui este adiantamento para poder de alguma forma minimizar o impacto daquilo que são as finanças destas corporações”, disse Patrícia Gaspar no final de uma cerimónia de assinatura de protocolos entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Câmara Municipal de Loures e associações humanitárias de bombeiros voluntários do concelho.
PUBLICIDADE
O Governo anunciou na sexta-feira que ia transferir 1.500 euros para cada corporação de bombeiros “a título de compensação transitória da comparticipação com encargos com combustíveis”, num total aproximado de cerca de 650.000 euros.
Patrícia Gaspar disse que desde maio do ano passado, ao abrigo da diretiva financeira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil “comparticipa o preço real das operações dos bombeiros, acompanhando as flutuações do preço dos combustíveis”, mas ressalvou que “devido a questões técnicas o procedimento ainda não foi atualizado”.
“Estávamos a pagar não todas as operações, mas apenas aquelas que dizem respeito aos incêndios rurais. Temos de temos de ir atualizando o nosso sistema. Enquanto isso não está feito e para não prejudicar os corpos de bombeiros e face a esta situação, que é evidentemente complicada avançamos com esta medida”, justificou.
Entretanto, também hoje a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) reiterou apreensão com mais uma subida do preço dos combustíveis e pediu ao Governo “medidas urgentes” para se evitar “uma situação de crise” no transporte de doentes urgentes e não urgentes.
“O aumento do preço dos combustíveis deixa as associações humanitárias de bombeiros numa situação de enormíssima apreensão dado que, até ao momento, não são conhecidas medidas excecionais compensatórias aplicadas ao setor”, referiu a LBP, em comunicado.
A Liga dos Bombeiros sustenta que já chamou a atenção dos diferentes ministérios, com envolvimento direto e indireto na matéria dos combustíveis, para “a absoluta indispensabilidade da tomada de medidas que possam minimizar os impactos já sentidos”.
Para a LBP, as medidas urgentes de apoio passam pela “extensão das medidas aplicáveis aos táxis e transportes públicos, à autorização para uso do gasóleo profissional, a devolução do IVA em combustíveis às associações humanitárias de bombeiros ou a atualização dos valores estabelecidos por quilómetro percorrido em atividade de transporte de doentes urgentes e não urgentes”.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE