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Carnaval sem desfiles tradicionais na maior parte do país. Figueira da Foz é exceção
A maioria dos desfiles oficiais de Carnaval portugueses foram cancelados, com alguns municípios a organizar programas alternativos, sendo exceções Figueira da Foz, que mantém os corsos, e Podence, onde os Caretos voltam à rua.
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Na Figueira da Foz (distrito de Coimbra), os corsos, que estão a ser preparados pelas três escolas de samba da cidade, realizam-se no domingo (27) e no Dia de Entrudo (01 de março), cumprindo as normas da Direção-Geral da Saúde, segundo a autarquia.
Para “marcar o início do fim da covid” a Câmara de Macedo de Cavaleiros (distrito de Bragança) faz sair à rua o Carnaval “mais genuíno de Portugal”, com quatro dias de “Entrudo Chocalheiro” em que os Caretos de Podence voltam às ruas. Os festejos deixam de fora os concertos, mas incluem caminhadas, passeios de bicicleta todo-o-terreno, passeios de barco na albufeira do Azibo, animação de rua, exposições, mercado tradicional e as experiências de ser careto e pintar a própria máscara, entre outras atividades.
Já no resto do país a opção foi pelo cancelamento dos desfiles oficiais, ainda que alguns municípios, como Loures (Lisboa), organizem iniciativas para celebrar: dois bailes, a passagem de dois trios elétricos (camiões) pela zona oriental e norte do concelho e ainda o enterro do Carnaval, com fogo de artifício.
Em Sines (Setúbal), o Carnaval vai festejar-se durante oito dias marcados por concursos de máscaras, desfiles pelo centro histórico, arruadas, visitas às escolas, a “Noite da Matrafona” ou a “Caminhada do Pagode”, entre outras iniciativas.
No mesmo distrito, em Sesimbra, as escolas de samba assinalam a época de forma simbólica com espetáculos num palco móvel que percorrerá as ruas da vila, recuperando alguns dos melhores fatos utilizados no Carnaval de 2020. Realizar-se-á ainda o tradicional concurso infantil de fantasias.
Estarreja (Aveiro) substitui os corsos pela “Batalha das Flores”, uma antiga tradição que terá estado na origem do Carnaval local, este ano festejado também com concertos, espetáculos, oficinas, animação de rua, entre outras ações que envolvem a comunidade e os agentes económicos locais.
Em Loulé (Faro), um “programa alternativo” que decorre até quinta-feira visa manter o espírito ‘folião’ apesar do cancelamento do centenário desfile. Estão incluídos a exposição de carros alegóricos na via pública, um baile ‘online’ na segunda-feira, um mercadinho e um autocarro com animação a circular pelas ruas no domingo e na terça-feira.
Em Ovar (Aveiro), a celebração alternativa começou já há vários dias e prossegue na Praça das Galinhas, com a atuação de bandas tradicionais no coreto, e na Escola de Artes e Ofícios, com concertos.
Entre os municípios do país com forte tradição carnavalesca que este ano optaram por não organizar festejos encontra-se Arcos de Valdevez (Viana do Castelo). Naquele que é conhecido pelo “maior [Carnaval] do Norte de Portugal” é possível visitar até quarta-feira a estátua de um palhaço, com quatro metros de altura, no Campo do Trasladário, artéria onde normalmente são realizados os festejos.
Sem qualquer programação organizada pelos municípios contam-se ainda a Mealhada (Aveiro), Mira (Coimbra), Torres Vedras (Lisboa) e a Nazaré (Leiria). Ainda assim, em Torres Vedras foi instalado na cidade o tradicional “Monumento ao Carnaval” e na Nazaré foi alargado o horário dos bares.
Na Madeira as festividades foram canceladas por o Governo Regional entender “não estarem reunidas as condições de segurança em termos de saúde pública” para que as 19 trupes que iriam desfilar no cortejo saíssem à rua.
Nos Açores, o Governo Regional não só não organiza como proibiu quaisquer festejos, celebrações ou eventos de natureza carnavalesca, para “não promover aglomerados, ajuntamentos ou comportamentos” que impeçam o “progressivo alívio” das restrições impostas para controlar a pandemia.
O executivo açoriano optou também por não conceder tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval, ao contrário do que foi decretado pelo Governo de António Costa para os serviços de administração do Estado no continente. Também o Governo da Madeira dá tolerância de ponto na terça-feira e ainda na manhã de quarta-feira aos serviços públicos.
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