Política

Rui Rio acusa António Costa de “assustar” portugueses e lembra governação de José Sócrates

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 23-01-2022

O presidente do PSD, Rui Rio, acusou hoje António Costa de tentar assustar os portugueses ao “deturpar” as propostas sociais-democratas, e lembrou a governação de José Sócrates, culpando o PS pelos tempos de austeridade que se seguiram.

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“O PSD, se alguma vez teve de praticar política de austeridade, foi por responsabilidade do Partido Socialista. Foi o Partido Socialista que pôs este país na bancarrota. E, portanto, quando o PSD foi para o Governo, não foi com o seu programa, foi com o programa da ‘troika’ que o Partido Socialista assinou com a ‘troika’ e obrigou Portugal a cumprir”, afirmou o líder social-democrata, em Viana do Castelo, numa ação de campanha ao final da tarde.

Perante os apoiantes que enchiam uma tenda ao ar livre, onde se debateu o mar, Rui Rio rejeitou que, caso o PSD vença as eleições legislativas de 30 de janeiro, o país regresse a “uma certa política de austeridade” apontada pelo líder do PS.

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“O Dr. António Costa, na gíria popular, permitam-me que diga, tem muita lata ao dizer uma coisa dessas quando sabe perfeitamente que a responsabilidade é do PS e está a ir buscar um passado que ele não devia ir buscar. Porque, se ele vai buscar esse passado, então eu também posso ir buscar esse passado e começo a falar da governação do engenheiro Sócrates, que é uma coisa que eu não tenho feito, que acho que não vale a pena. Vale a pena é olhar para o futuro e não para o passado”, declarou Rio, aplaudido pelos presentes.

O líder do PSD acusou António Costa de fazer uma campanha a “deturpar” as propostas do PSD, em vez de apresentar as suas próprias ideias para o país.

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“Se repararem, aquilo que são as intervenções do Dr. António Costa nesta campanha eleitoral, ao longo desta semana, não foi propriamente dizer uma ideia nova que o PS possa ter para o país, foi dizer mal das nossas propostas. O que, enfim, eu ainda poderia aceitar, mas, o que eu não posso aceitar, é que seja a dizer mal das propostas nossas, deturpadas por ele. Ele diz que nós defendemos coisas que verdadeiramente não defendemos, tentando assustar as pessoas”, atirou Rio.

O presidente do PSD reiterou que não quer pôr a classe média a pagar o Serviço Nacional de Saúde, como também já disse António Costa.

“Nós temos é de gerir melhor os nossos impostos e a nossa despesa em saúde para que o dinheiro que lá metemos possa dar um o Serviço Nacional de Saúde bem melhor do que aquele que temos, porque, se ele se degradou, foi justamente agora no tempo da governação socialista”, afirmou o presidente do PSD.

Rui Rio reiterou que a Segurança Social “tem de ser pública”, admitindo alguns “ajustamentos”.

Quanto ao salário mínimo nacional, Rio voltou a criticar a postura de António Costa, ao afirmar que o PSD é contra o seu aumento.

“O que ele [António Costa] tem vindo a fazer faz-me lembrar a seguir ao 25 de Abril quando diziam que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno almoço. Acho que o Dr. António Costa está connosco a fazer a mesma coisa. Está ali um papão que quer tudo de mal. Agora, também é contra o salário mínimo nacional. Ninguém é contra o salário mínimo nacional. Aquilo que nós queremos é ter um salário mínimo nacional cada vez mais alto, sustentado numa economia forte e robusta”, sublinhou o presidente do PSD.

Na ação de campanha esteve presente Paulo Rangel, que disputou a liderança do partido nas anteriores eleições internas, para “dar um sinal de que é preciso votar no PSD”, sublinhando que António Costa está “esgotado e em fim de ciclo”.

“Só o Dr. Rui Rio pode ser primeiro-ministro. E só ele pode tirar de lá o Dr. António Costa. É preciso concentrar votos no PSD para garantir que há uma mudança em Portugal”, afirmou Rangel aos jornalistas, aquando da sua chegada.

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