Cerca de duas dezenas de lesados das cheias concentraram-se, esta manhã, junto ao desaguamento do rio Ega no rio Mondego, próximo da Estação de Alfarelos, em Soure, para exigir soluções para a subida dos leitos que tem afetado todo o Baixo Mondego.
“Procuramos soluções, passaram dois anos e neste momento não vemos nada feito”, disse Alcino Vagos, que tem uma exploração de hortícolas em Formoselha.
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O grupo quis chamar a atenção para que o problema não caia no esquecimento. Sempre que chove intensamente os prejuízos multiplicam-se e há que encontrar formas de resolver a subida repentina do nível das águas, dizem, apresentando soluções que passam pela edificação de comportas ou pela instalação de bombas de água.
“Gostaríamos de saber se isto vai ficar no esquecimento, queremos uma solução para resolver este tipo de incidentes. Nesta zona (onde desagua o Rio Ega) faltam obras que já eram para ser feitas há 40 anos e não foram feitas, faltam aqui duas bombas” o que permitiria bombear a água para o Rio Mondego, concluiu Alcino Vagos.
Este empresário referiu ainda que “faltam as comportas e o sistema de bombagem para repor a água no leito central”, realçando que ao longo destes 40 anos não houve uma força de vontade para resolver este problema”.
Fernando Peças é morador de Formoselha, na freguesia de Santo Varão, concelho de Montemor-o-Velho, e pede “respeito pelas pessoas” destas localidades, reforçando que a “obra do Rio Ega nunca foi feita”.
Refira-se que esta zona sofreu profundas alterações há 40 anos, com a obra de aproveitamento hidráulico da Bacia do Mondego, que mudou o curso do rio e implementou um sistema de canais.
No entanto, “o Rio Ega não consegue chegar ao rio principal pelo canal que passa por debaixo da Linha do Norte e a água acumula-se, sobe e espalha-se” alertam os elementos de um grupo de lesados das cheias do Mondego que se manifestaram, esta manhã, próximo da Estação de Alfarelos.
Veja o vídeo do Direto NDC:
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