Política
Rosa Cruz abandona liderança do PS de Coimbra
Rosa Isabel Cruz acaba de comunicar que pediu a demissão de Presidente da Comissão Política Concelhia de Coimbra do Partido Socialista.
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Haverá tempo para a devida clarificação política no seio do PS Coimbra, mas este não é o momento, diz a dirigente das mulheres socialistas do distrito, que tinha ficado com o lugar na sequência da demissão do seu camarada Carlos Cidade.
“Atendendo às insinuações vis feitas na praça pública, à ausência de diálogo demonstrada pelo presidente demissionário dentro do Secretariado da CPC e sem possibilidade de qualquer exercício de contraditório, entendo, obviamente, que mediante esta conjuntura política não devo assumir o cargo de Presidente desta CPC, afirma Rosa Cruz.
Não podemos reduzir a ação e o debate do PS a meras vontades que entendem um partido político como sendo o partido de um homem só. Estas práticas não estão na génese do PS, nem correspondem aos valores e princípios coletivos de um partido fundador da nossa Democracia, conclui a socialista.
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Entretanto, David Ferreira da Silva, Joaquim Rodrigues, Filipa Nobre, Margarida Branco e Hernani Caniço pediram a demissão do secretariado da concelhia socialista de Coimbra em solidariedade com Carlos Cidade.
Recordamos que o presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Coimbra, Carlos Cidade, demitiu-se no dia 14 do cargo após “negócios de mercearia” na constituição de listas para deputados às legislativas de janeiro de 2022.
Carlos Cidade, antigo vice-presidente da Câmara nos dois mandatos de Manuel Machado, aparecia em quinto lugar numa primeira lista, que foi chumbada na sexta-feira, sendo substituído, numa segunda, por José Carlos Alexandrino, ex-presidente do Município de Oliveira do Hospital, numa lista que foi então aprovada um dia depois.
“Considerando os recentes acontecimentos, decorridos da aprovação da lista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral, no quadro das reuniões da Comissão Política da Federação Distrital de Coimbra, onde foi explanada, para comigo, a total falta de apoio de alguns camaradas, nomeadamente de membros da Comissão Política Concelhia de Coimbra e sobretudo de membros do secretariado da mesma, demonstrando a perversidade deste processo, a troca de lugares por autênticos ‘negócios de mercearia’, o que evidencia uma ‘mão invisível’ com remendos, evitando assim, de forma objetiva, a minha integração”, foram os motivos para a demissão, disse Carlos Cidade, numa nota enviada à agência Lusa.
Cidade disse ainda que “foi quebrada a relação de confiança política no seio do secretariado da concelhia, com alguns dos seus membros, condição essencial para o desenvolvimento do trabalho político”.
De demissão em demissão, resta saber se David Ferreira da Silva, o senhor que se segue, aceita liderar a concelhia socialista.
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