Gouveia e Melo não vê com bons olhos o seu regresso à “task force” do processo de vacinação contra a covid-19. “O meu papel enquanto militar foi ajudar a colocar um penso rápido na ferida, disse, esta manhã, na conferência no Dia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
A “ferida fechou e sarou, agora precisamos de viver sem pensos rápidos”, frisou vice-almirante, adiantando que país precisa de conseguir unir “outra vez” a Ordem dos Médicos, dos Enfermeiros e as diversas entidades do Ministério da Saúde e “esse ecossistema resolver este problema da terceira dose e do que vier para a frente”.
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O ex-coordenador da “task force” acrescenta que está “sempre disponível enquanto militar, mas gostaria de ver a nossa sociedade a andar para a frente de outra forma: sem nenhum Sebastião, porque Sebastião é cada um de nós”.
Reforçando que dizer “’tragam o Sebastião’ é provar que não aprendemos nada enquanto sistema”.
“É necessário olhar com coragem para os dados dos novos infetados e tomar decisões de forma consciente, sem andar atrás de outros interesses”.
O militar reforça que Portugal tem de olhar para os dados e estabelecer, “de forma inteligente, qual a melhor estratégia e segui-la, dando espaço também às instituições nacionais para solidificarem as suas capacidades”.
Sustentando que é preciso “analisar neste momento quem é que está positivo, é preciso ter números e não entrar em pânico.
“Temos de acreditar em nós, nas nossas instituições e dar forças às nossas instituições, não é trazer para a guerra política que só nos vão destruir capacidades”, sublinhou Gouveia e Melo, numa conferência que decorreu na cidade dos estudantes, onde foi aplaudido de pé.
Veja o vídeo do Direto NDC:
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