A Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai analisar e votar, na reunião de segunda-feira, uma proposta de reconhecimento do estabelecimento “O Moelas” como entidade de interesse histórico e cultural. O executivo municipal já tinha aprovado, na sua reunião de 28 de setembro de 2020, a intenção de candidatura de “O Moelas”, tendo a decisão sido submetida a um período de consulta pública de 20 dias. Esse período terminou com seis pronúncias que em nada interferem com o reconhecimento e sentido da proposta. Com a conclusão deste processo, a Câmara Municipal já reconheceu 19 entidade de interesse histórico e cultural ou social local.
“O Moelas”, situado no Largo da Sé Velha, iniciou a sua atividade no dia 01 de novembro de 1974, estando, por isso, validado o parâmetro da longevidade para poder ser reconhecido como entidade de interesse histórico e cultural. A candidatura confirma, ainda, o histórico de atividade do estabelecimento no contexto académico e tradicional de Coimbra e atesta uma atividade ininterrupta de convivência académica desde 1974, agregando uma sucessão de gerações estudantis que frequentaram e continuam a frequentar este local. “O Moelas” é conhecido como “uma casa de culto dos estudantes” e foi mesmo reconhecido pelo Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra (UC) como “Tasca de Interesse Histórico”, o que justifica o seu significado para a história local.
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“O Moelas” é um estabelecimento considerado pela comunidade estudantil como um ponto de referência no que concerne à vida boémia e mantém, assim, a sua função histórica, cultural e social, com a realização anual de várias iniciativas. É usual, ainda, a comunidade estudantil frequentar o bar e ouvir a histórias da vida Coimbrã contadas pelo seu proprietário, o Sr. Américo.
A candidatura foi avaliada e foram confirmados todos os critérios necessários à obtenção do reconhecimento, tendo sido considerado que “O Moelas” é um espaço de preservação da memória histórica e coletiva local, construída por anos de convívio da comunidade académica, como diversos encontros, jantares, tertúlias, sendo inegável o seu património imaterial, registado em testemunhos escritos e fotográficos de sucessivas gerações de frequentadores. Foi também considerado o esforço do proprietário de “O Moelas” em preservar e conservar o seu património material, mantendo os traços arquitetónicos e decorativos do espaço e assegurando um acervo próprio de bebidas originais deste estabelecimento, já conhecidas entre as diferentes gerações de estudantes.
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