O Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, distrito de Coimbra, prevê pagar este mês os retroativos aos enfermeiros que progrediram na carreira, revelou hoje o PCP, que tinha questionado a tutela sobre esta matéria.
“Relativamente aos retroativos da segunda fase do descongelamento das carreiras, informa o HAJC [Hospital Arcebispo João Crisóstomo] que está prevista a regularização dos valores em falta (…), ainda no decurso do corrente mês de julho, já que foi autorizado o correspondente reforço financeiro por despacho do senhor secretário de Estado da Saúde”, lê-se na resposta do gabinete da ministra da Saúde, Marta Temido.
Através de uma pergunta entregue no parlamento em junho, o Partido Comunista Português questionou a ministra da Saúde após ter tido conhecimento de que “cerca de 20 enfermeiros que trabalham no Hospital de Cantanhede não estão a ser devidamente remunerados por via da progressão na carreira”.
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“Em 2018, por via do descongelamento das progressões na carreira na Administração Pública, foram atribuídos pontos a este conjunto de enfermeiros, fazendo-os avançar na tabela salarial da carreira de enfermagem. Apesar desta progressão na carreira, justamente alcançada, o Hospital de Cantanhede nunca procedeu aos pagamentos devidos”, lê-se no documento subscrito por três deputados comunistas.
O PCP considerava “essencial desbloquear as verbas necessárias para responder a esta situação, repondo a justiça, pagando o que é devido a estes trabalhadores e garantindo o justo e atempado pagamento”.
“A valorização salarial destes trabalhadores é urgente e essencial, sendo também urgente que o que já está vertido em lei seja também realidade e que os valores em falta sejam pagos a estes trabalhadores com a maior brevidade”, sustentaram os deputados.
No documento, o PCP perguntou ao Governo, liderado pelo socialista António Costa, sobre que medidas iria tomar “para resolver a falta de verba desta instituição para cumprir a lei” e quando “serão estes trabalhadores ressarcidos pelos valores em falta”.
Na resposta do gabinete da ministra hoje conhecida, o hospital informa ainda que “os 17 enfermeiros em apreço estão a ser remunerados de acordo com a atualização vigente desde o dia 01 de janeiro de 2020”.
O secretariado da Organização Regional de Coimbra do PCP assinala que “este justo procedimento apenas peca por tardio”, prometendo “acompanhar a situação, nomeadamente a concretização da medida anunciada, e a intervir no sentido de assegurar e fazer cumprir os direitos de todos os trabalhadores do Hospital de Cantanhede”.
Segundo o PCP, os montantes em falta eram, no mês passado, cerca de 40 mil euros.
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