Coimbra
“Metamorfose – Educar para a inclusão” em memória das vítimas do Holocausto no Pavilhão Centro de Portugal

No âmbito da parceria da Orquestra Clássica do Centro com os Tribunais da Relação do país, com o apoio do município de Coimbra e da Dgartes, e na continuação do programa de colaboração iniciado em 2020 com o “Projeto Nunca Esquecer – Programa nacional em torno da memória do Holocausto”, decorre no dia 11 de junho a iniciativa Metamorfose – Educar para a inclusão, pelas 17:00, no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra.
A iniciativa conta com um programa que pela imagem, pela voz e pela linguagem universal que é a música, não só lembra as vítimas do Holocausto, como também divulga o papel de quem marcou a História pelas melhores razões, como é o caso do português Aristides de Sousa Mendes.
Metamorfose – Educar para a inclusão conta com a participação da conferencista Patrícia Brandão e o testemunho pessoal e profissional de Rafaela Duarte. E com a participação musical dos utentes da Associação de Famílias Solidárias com a Deficiência (AFSD) “Cavalo Azul” com uma apresentação no âmbito da atividade semanal de Terapia pela Música, a qual pretende estimular, desenvolver e potenciar competências musicais nos Utentes de CAO e LRE.
PUBLICIDADE
A entrada é gratuita estando sujeita aos lugares disponíveis.
Também em maio foi inaugurada a exposição “Esquecer Nunca”, inserida num conjunto de iniciativas com o principal objetivo de sensibilizar para a tolerância, a não-discriminação, e a importância de não esquecer o que não se deve, nem se pode repetir nunca.
Patrícia Brandão, especializada em Educação Especial e mestre em Ciências da Educação na especialidade de Educação Especial, refere que “na II Guerra Mundial foram executadas cerca de 200 mil pessoas com deficiência. As pessoas com deficiência física e intelectual foram o primeiro grupo a ser alvo de assassinato sistemático pelos nazis, no programa conhecido como “Aktion T4”.
Uma sociedade em que aqueles que vemos como fortes marginalizam aqueles que vemos como fracos é uma sociedade que não tem respeito por si mesma – respeito pela diversidade biológica, social e económica, transmitindo uma mensagem de exclusão em vez de uma mensagem de inclusão. A forma como tratamos os cidadãos mais marginalizados diz-nos mais sobre a nossa sociedade do que o progresso económico. A nossa atitude cultural é a base que mantém a sociedade coesa. Quanto mais inclusiva for essa atitude, mais robusta será a nossa sociedade, acrescenta a conferencista
A escola, com o papel primordial de formação de cidadão conscientes e participantes, tem uma responsabilidade crucial na construção de uma sociedade inclusiva. Com os recursos humanos, físicos, materiais e organizacionais de que dispõe ou que deve procurar tem como missão promover a “metamorfose” de todos os seus alunos, sem exceção.
Será a nossa escola inclusiva? Como tratamos a diversidade de alunos? De que forma sensibilizamos para a tolerância, a não-discriminação e a importância de não esquecer mas também não repetir? São estes os temas de reflexão para que a discriminação permaneça apenas na nossa memória e não na nossa sociedade, conclui Patrícia Brandão.
PUBLICIDADE