Mundo

Presidente do Brasil em silêncio sobre 500 mil mortos na pandemia

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 21-06-2021

O Presidente do Brasil manteve silêncio sobre as 500 mil mortes provocadas pela covid-19 no país, hoje de manhã, mas adotou um tom de campanha dizendo que seu principal rival só vencerá as presidenciais de 2022 se houver fraude.

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“Só na fraude o nove dedos volta” disse Jair Bolsonaro, fazendo uma referencia pejorativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que perdeu um dedo num acidente de trabalho quando era metalúrgico, numa breve conversa com seus apoiantes no Palácio da Alvorada.

“Se Congresso aprovar e promulgar, teremos voto impresso. Não vai ser uma ‘canetada’ de um cidadão como esse daqui que não vai ter voto impresso” acrescentou Bolsonaro, que tem dito publicamente que só será derrotado em 2022 se houver fraude eleitoral.

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O chefe de Estado brasileiro defende o regresso do voto impresso por entender que o sistema de urnas eletrónicas, adotado há décadas no país e pelo qual foi eleito em 2018, não é seguro.

No sábado, o Brasil superou a marca de 500 mil vítimas mortais na pandemia de covid19 e políticos de diferentes partidos, cientistas, artistas e milhares de brasileiros lamentaram as perdas nas redes sociais e em demonstrações públicas que incluíram protestos contra o Governo Bolsonaro, enquanto o chefe de Estado ainda não comentou o assunto publicamente.

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Sobre os atos organizados contra seu Governo também no sábado, que levaram milhares de pessoas às ruas das principais cidades do país, o Presidente brasileiro preferiu recorrer à ironia e disse que o Ministério Público proibiu um ato favorável a si convocado por motociclistas, mas autorizou manifestações da “petralhada”, forma pejorativa com que os seus apoiantes se referem aos simpatizantes de partidos de esquerda, nomeadamente do Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Lula da Silva.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 501.825 vítimas mortais e mais de 17,9 milhões de casos confirmados de covid-19.

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