O Somos Coimbra acusou hoje a Câmara de Coimbra de redirecionar motoristas das linhas habituais dos SMTUC para a nova vida da Ecovia e de prejudicar as folgas dos trabalhadores para pôr a funcionar este serviço de transporte em mini-autocarro com estacionamento.
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A Ecovia “veio absorver mais 12 motoristas”, disse a vereadora Ana Bastos na sessão de Câmara, reiterando que “os SMTUC não têm frota nem motoristas para fazerem face ao serviço”. A vereadora disse ainda que “ao longo das últimas semanas repetem-se as práticas de gestão: supressão de chapas em diversas carreiras consolidadas (33, 5, 7, 16, 14, 29, ….) e abuso do uso folgas dos motoristas para desviar recursos para as novas linhas entretanto criadas”.
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O Somos Coimbra acusa a Câmara ainda a maioria do PS e CDU de “tentar captar e ludibriar novos passageiros ao mesmo tempo que abandonam os que já estavam fidelizados”. Para o grupo de cidadãos – que se coligou com sete partidos incluindo o PSD para as próximas eleições autárquicas -, as “queixas multiplicam-se e o número de pessoas que ficam a aguardar nas paragens sem acesso a qualquer informação, não para de aumentar” o que considerou ser uma “total falta de respeito por todos os utilizadores do serviço”.
A vereadora da oposição afirmou que “só nesta última semana foram suprimidas em média 7 chapas por dia e trabalhado mais de 160 folgas, algumas em turno duplo contínuo, para suprir a falta de mais de 60 motoristas, com violação das diretivas europeias e da lei laboral, que impõem tempos máximos de condução diários, semanais e quinquenais e tempos de repouso obrigatórios”. A agravar – continou – o número de autocarros imobilizados continua a crescer, ultrapassando as 40 viaturas encostadas, fora as que foram enviadas para reparação no exterior. Mas, mesmo assim, os SMTUC insistem na aquisição de mais autocarros usados, alguns já autêntica sucata, com mais de um milhão de quilómetros percorridos.”
Ana Bastos, professora universitária especialista em transportes e mobilidade, falava na sessão de Câmara de Coimbra, que decorre nos Paços do Concelho, lançou o repto ao executivo para “reavaliar, com urgência, o funcionamento das oficinas, de forma a criar um turno de trabalho noturno, permitindo que as avarias identificadas durante o dia, possam ser reparadas fora do horário de serviço, reduzindo a taxa de [autocarros] imobilizados”.
A vereadora socialista Regina Bento, que integra o Conselho de Administração dos SMUTC, respondeu que “não vale a pena vir diabolizar os SMTUC” porque o “relatório de gestão” dos serviços de transportes refere que os “níveis de satisfação dos utilizadores aumentaram no último ano e que “mesmo em pandemia” foram reforçados os recursos humanos através de procedimentos de contratação assim como a compra de mais autocarros.
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