Coimbra

Universidade de Coimbra e Instituto Ricardo Jorge estudam sequenciação do genoma do vírus da covid-19 (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 16-04-2021

A Universidade de Coimbra (UC) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) celebraram hoje um protocolo de parceria, que contempla a integração e o desenvolvimento do Laboratório de Análises Clínicas da UC como Laboratório Parceiro do INSA e um acordo para a execução específica da sequenciação do genoma do SARS-CoV-2 pela UC. A cerimónia contou com a participação do Reitor da UC, Amílcar Falcão, do Presidente do Conselho Diretivo do INSA, Fernando de Almeida, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Alberto Sobrinho Teixeira.

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A sequenciação de um maior número de amostras do Sars-CoV-2 (vírus responsável pela COVID-19) é um imperativo nacional, para responder às orientações do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, perante a emergência de novas variantes da COVID-19 (não só para avaliar a representação destas variantes, mas também para vigiar o aparecimento de outras).

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Com o projeto de sequenciação do genoma do vírus SARS-CoV-2 (por sequenciação de nova geração – NGS), que será realizado pela UC Genomics (plataforma tecnológica de genómica da UC), a Universidade de Coimbra vai colaborar na vigilância realizada pelo Instituto Ricardo Jorge, a nível nacional.

Amílcar Falcão, Reitor da UC, afirma que “a Universidade de Coimbra tem laboratórios de análises clínicas há varias décadas mas sempre numa ótica de prestação de serviços interna, e agora estamos interessados em ter uma capacidade de testagem de outro nível e também com outras ambições, deste modo não poderíamos deixar de fazer esta parceria como INSA”. Amílcar Falcão entende que esta é uma oportunidade única, “a UC com o apoio do INSA e da ARS Centro pretende ter a capacidade de neste contexto de capacitação de protocolos desenvolver estudos longitudinais”.

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, explica que a testagem se iniciou apenas com um laboratório, “começamos apenas com o INSA, e hoje são 145 laboratórios, públicos, privados e academia. Tudo isto foi possível graças a um plano de investimento do Governo, neste caso laboratorial, de cerca de 8,4 milhões de euros”. A nível nacional “até ao momento já foram realizados mais de 9,6 milhões de testes à covid-19, numa média de mais de 38 mil testes por dia, com uma taxa de positividade inferior acerca 2%, sendo a Academia é responsável por cerca 10% desta testagem”.

O Presidente do Conselho Diretivo do INSA, Fernando de Almeida, revela que no laboratório já foram identificadas as mutações inglesa, brasileira e sul-africana, descritas nos relatórios do laboratório, com mais de sete mil amostras recolhidas pelo INSA num trabalho diário.

João Alberto Sobrinho Teixeira, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sobre o regresso das aulas ao ensino superior explica que a testagem nesse setor irá ser uma prioridade. “Todas as instituições, públicas e privadas, estão preparadas para fazer uma testagem massiva a partir de segunda-feira a todos os alunos que retomem a atividade presencial, bem como para a comunidade académica no seu todo”.

Para lá do acordo para a execução específica do projeto de sequenciação genómica do SARS Cov-2,  foi assinado esta sexta-feira o protocolo de parceria entre a Universidade de Coimbra e o Instituto Ricardo Jorge que prevê a cooperação ao nível da formação avançada e pós-graduada, a realização de projetos académicos conjuntos na área de Investigação & Desenvolvimento, a promoção do intercâmbio de colaboradores e especialistas, bem como a integração e o desenvolvimento do Laboratório de Análises Clínicas da Universidade de Coimbra enquanto Laboratório Parceiro do INSA – o primeiro com este estatuto a nível nacional.

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