Quase 30% das empresas portuguesas sofreram “incumprimentos significativos” em 2020, apesar das injeções de liquidez e dos estímulos fiscais para atenuar os efeitos económicos da covid-19, segundo um estudo hoje divulgado.
Segundo os dados do “Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal”, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, as medidas adotadas nos primeiros meses do Estado de Emergência obrigaram 74% das empresas a reduzir a sua atividade produtiva e comercial.
“Esta hibernação económica foi muito relevante para 26% das empresas nacionais que tiveram de renunciar a mais de metade da sua operação habitual”, refere.
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Nesse contexto de excesso de capacidade, 58% das empresas portuguesas sentiu uma deterioração dos níveis de solvência dos seus clientes aos longo de 2020, sinaliza o estudo.
Segundo os dados apurados, cerca de 42% do tecido produtivo nacional registou uma diminuição das suas vendas, mas ainda assim o impacto final da pandemia na faturação em 2020 foi “moderado”, face às previsões iniciais das empresas.
Há um ano, quando foram estabelecidas medidas rígidas de distanciamento social e o encerramento temporário da atividade empresarial, 65% das empresas esperava uma queda na sua faturação.
Para este ano, em termos de perspetivas, o tecido produtivo português continua a mostrar confiança numa mudança de tendência, embora as previsões sejam menos otimistas do que há um ano.
Cerca de 57% das empresas espera que os seus níveis de faturação voltem a subir, menos 13 pontos percentuais que no inquérito de 2020.
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