Saúde

Um terço das pessoas com diabetes desenvolvem doença renal crónica

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-03-2021

Para assinalar o Dia Mundial do Rim, celebrado a 12 de março, a Mundipharma com o apoio da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) e da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), vai lançar uma campanha digital que pretende dar voz aos rins e ouvir os seus protestos em relação à diabetes. “Crónica re(n)al” é o nome do projeto que visa alertar para o facto de a diabetes mal controlada amplificar a doença renal crónica (DRC) e reforçar junto de doentes, cuidadores e profissionais de saúde, a importância da monitorização adequada da diabetes para evitar complicações renais.

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Cerca de um terço das pessoas com diabetes desenvolvem doença renal crónica. Nesta “Crónica Re(n)al”, os rins surgem personificados e animados como se uma mascote se tratasse. Cansados de filtrar e remover as toxinas do sangue, os rins perderam o filtro e protestam contra o seu inimigo comum: a Diabetes.

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A diabetes mal controlada é a primeira causa de insuficiência renal crónica terminal em Portugal. A diabetes pode afetar os vasos sanguíneos, provocando danos permanentes nos rins. Em 2012, 27,5% dos doentes em diálise apresentavam a diabetes como causa da doença renal.

“Enquanto companhia farmacêutica, temos o dever de apoiar a literacia em saúde e incentivar a população a ser mais responsável na manutenção da sua qualidade de vida.  Tendo consciência de que a maioria dos portugueses desconhece a ligação entre a diabetes e a DRC, quisemos aproveitar o Dia Mundial do Rim para promover uma campanha com foco nessa conexão, que alerte sobretudo as pessoas com diabetes e os seus cuidadores.” Quem o afirma é Sofia Ferreira, diretora-geral da Mundipharma.

Aníbal Ferreira, presidente da SPN, acrescenta que “é importante estarmos ao lado dos doentes, ajudando-os a perceber a doença e responsabilizando-os a intervir no seu próprio prognóstico. Esta campanha vai ao encontro deste nosso compromisso, alertando os cidadãos para a relação entre a diabetes e a DRC. Pretendemos que os portugueses consigam identificar eficazmente os sintomas de ambas as patologias e mantenham um estilo de vida saudável para evitar vir a ter DRC e quaisquer outras complicações nos rins.”

“A sensibilização dos mais jovens para as possíveis complicações da diabetes quando mal controlada é crucial e, nessa perspetiva, esta campanha faz todo o sentido pois visa combater a doença renal. Por outro lado, pretendemos incentivar esta população jovem a passar a mensagem a outras pessoas, funcionando como influenciadores da restante sociedade”, adianta Jenifer Duarte, presidente da AJDP.

A campanha “Crónica Re(n)al” arranca hoje, 10 de março, e inclui banners, conteúdos nas redes sociais das entidades que promovem a iniciativa e um vídeo de sensibilização para a doença.

A doença renal ou insuficiência renal crónica pode ser uma consequência para doentes diabéticos a longo prazo por razões conhecidas, como fatores: genéticos, ambientais, metabólicos e hemodinâmicos. Por esse motivo, recomendam-se algumas medidas de controlo, como a perda de peso, prática de desporto (exercício regular de 30 minutos por dia, no mínimo), não fumar, controlar a tensão arterial e o colesterol.

Existem duas variáveis que fazem parte do rastreio da doença renal no doente diabético: a presença de albumina na urina e a medição do débito filtrado glomerular [DFG]. De acordo com as normas, a albuminúria deve ser medida na primeira amostra de urina da manhã. A partir dessa amostra, faz-se uma razão entre a albuminúria e a creatinúria. A verificação de um valor igual ou superior a 30 mg/g, confirmado em três amostras, é indicativa de lesão renal.

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