A situação social da baixa da cidade de Coimbra preocupa a Comissão Coordenadora Concelhia de Coimbra do Bloco de Esquerda (BE), que sinaliza as condições de precariedade que se vive na baixa da cidade. Considera que numa fase anterior à pandemia por covid-19 as redes de apoio psicossocial eram já precárias, situação que se tem agravado.
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O partido pretende que seja delineado um plano que cumpra o acompanhamento de pessoas em situação de vulnerabilidade na zona da baixa de Coimbra e que permita a reinserção destes cidadãos na sociedade.
O projeto bloquista “prevê medidas como a implementação de espaços cobertos junto dos serviços fornecedores de refeições sociais para que as pessoas possam comer em espaços com condições de higiene e segurança. Introduzir iluminação pública nas ruas da baixa da cidade que ainda não a tenham para segurança de todos que ali habitam, trabalham ou passam em deslocação”.
Mobilizar e formar técnicos de serviços públicos municipais para a realidade dos/das trabalhadores/as do sexo ou em situação de prostituição, bem como das pessoas sem-abrigo, de forma a promover processos de inclusão social, é outras das prioridadades do BE.
O BE informa que deve ser criado “um local de consumo assistido ou dum veículo móvel para quem consome substâncias aditivas por via injetável, à semelhança do que tem acontecido noutras cidades”.
Também quer promover a inserção educativa e profissional dos jovens em situações de vulnerabilidade e a recolha de dados sobre a discriminação ou dificuldades de acesso por parte da população imigrante a cuidados de saúde e prestação de garantias de acesso universal a esses mesmos cuidados.
Por fim propõe a recuperação e reabilitação de habitações municipais e disponibilização das mesmas para habitação social, e a cedência de lojas ou outros espaços por parte da Câmara a projetos de associações com atividade artesanal e comercial que promovam alternativas de emprego e rendimento a populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica.
O BE pretende assim que “o espaço público da cidade possa ser usufruído por toda a gente, de forma livre, aberta e solidária” e apela “à concertação de esforços dos Serviços de Ação Social da Câmara Municipal, das entidades particulares e associativas, das Forças de Segurança, dos Serviços de Saúde e de Apoio aos toxicodependentes” para que estas medidas se concretizem.
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