Saúde

Covid-19: Comissão Europeia aprova uso da vacina da AstraZeneca 

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 29-01-2021

A Comissão Europeia autorizou hoje a utilização na União Europeia (UE) da vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a covid-19, após validação pelo regulador europeu, sendo este o terceiro fármaco com ‘luz verde’ no espaço comunitário.

“Hoje a Comissão Europeia concedeu uma autorização condicional de comercialização para a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca, a terceira vacina covid-19 autorizada na UE”, indica o executivo comunitário em nota de imprensa.

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A instituição explica que “esta autorização segue uma recomendação científica positiva baseada numa avaliação exaustiva da segurança, eficácia e qualidade da vacina pela Agência Europeia de Medicamentos [EMA] e é aprovada pelos Estados-membros”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assinala na nota de imprensa que, “com a vacina AstraZeneca agora autorizada, 400 milhões de doses adicionais estarão disponíveis na Europa”.

“Espero que a empresa entregue estas doses conforme acordado, para que os europeus possam ser vacinados o mais rapidamente possível”, pressiona a responsável, numa alusão às tensões entre Bruxelas e a farmacêutica sobre a entrega das doses contratualizadas.

A EMA considera esta vacina apropriada para todos os adultos.

A vacina desenvolvida pela AstraZeneca em colaboração com a Oxford, a terceira contra a covid-19 que pode assim passar a ser administrada nos 27 Estados-membros da UE – depois das desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna – está envolta em polémica, depois de o laboratório britânico ter recentemente anunciado que não irá cumprir o fornecimento das doses contratualizadas com a Comissão Europeia.

O fármaco da AstraZeneca está ainda envolto numa outra polémica, depois de a Alemanha considerar que a mesma só deve ser administrada a menores de 65 anos, devido a uma alegada falta de dados sobre a sua eficácia nas pessoas com uma idade superior. Berlim havia hoje dito esperar que a UE aprovasse a vacina produzida pela AstraZeneca mas com “restrições” em termos etários, o que acabou por não acontecer.

Em comunicado, a EMA reconhece que, nos vários ensaios levados a cabo, participaram sobretudo pessoas com idades compreendidas entre os 18 e 55 anos, e não há ainda resultados suficientes nos participantes com mais de 55 anos para avaliar com rigor a eficácia da vacina acima desta faixa etária, mas argumenta que, “no entanto, é esperada proteção, já que se verifica uma resposta imunitária neste grupo etário e com base na experiência com outras vacinas”.

Em agosto de 2020, a Comissão Europeia assinou um contrato – orçado em 336 milhões de euros – com a AstraZeneca para aquisição de 300 milhões de doses da vacina contra a covid-19 produzida em colaboração com a universidade de Oxford, com uma opção de mais 100 milhões de doses.

No entanto, na semana passada, a AstraZeneca anunciou que pretende entregar doses consideravelmente menores do que o acordado com a UE, por alegados problemas de capacidade na produção, o que causou a indignação do executivo comunitário, que ameaça recorrer às vias legais.

Hoje mesmo, a Comissão Europeia estabeleceu um mecanismo de autorização de exportação de vacinas para a covid-19, com o objetivo de garantir de transparência do processo e as doses suficiente para os cidadãos da UE.

Além da UE, a AstraZeneca é uma das maiores fornecedoras de vacinas contra a covid-19 no Reino Unido (antigo Estado-membro) e nos Estados Unidos, por exemplo.

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