O presidente da Câmara de Coimbra apela à ministra da Saúde e ao Conselho de Administração do CHUC “que repensem e que se expliquem” acerca da nova maternidade no perímetro dos HUC e insta o Governo a construir a infraestrutura em terrenos do Estado, junto ao Hospital dos Covões, por motivos orçamentais.
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Manuel Machado reafirma que o Plano Diretor Municipal de Coimbra impede mais construções numa área já “saturada, com construção a mais e roturas graves nas acessibilidades” como Celas. Acrescenta que a Câmara está, com a Universidade e o Polo III, “a tentar regularizar em harmonia um conjunto de problemas que existem nas acessibilidades, quer para visitas quer para doentes.”
“A zona do Hospitais da Universidade está absolutamente intransitável e já nem falo nas condições de segurança, que em caso de sinistro obriguem a ações de emergência” – disse Manuel Machado aos jornalistas, acrescentando que “não há nenhum racional que aconselhe a sobrecarregar o que já está altamente ocupado na envolvente hospitalar”.
O autarca socialista defende a localização na “Quinta dos Vales, na outra margem do rio, onde há espaço, condições e bom ambiente” e recorda que o “Hospital dos Covões foi construído para ser um hospital sanatório” que “tem vindo a dar uma resposta ímpar no combate à covid-19”.
Machado acrescenta peso financeiro à sua argumentação e recorda que, junto ao Hospital dos Covões, o sítio disponível “é do Estado, tem componentes relevantes e capacidade de resposta”.
Não há, segundo o presidente da Câmara de Coimbra, “nenhuma razão que justifique não ir para o outro lado do rio, a não ser o preconceito. Há décadas, a margem esquerda era o “Japão”: não era considerada como território da cidade, mas os arrabaldes. A cidade evoluiu – admite- as pessoas compreendem isso e urge de resolver a questão da maternidade.
“Não é uma questão recente e foi sempre a parente pobre das instalações hospitalares em Coimbra” disse, recordando” já ter lido, nos jornais da cidade, a data da inauguração ao longo dos últimos dez quinze anos” e mencionado “milhões. Tudo está estruturado e não está nada feito.”
Para além de se estar a adiar a segurança e o bem estar humano na maternidade, o que se está a correr o risco de acabar é a medicina humanista ainda pioneira em Coimbra”.
Veja o vídeo da entrevista em direto.
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