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PSD de Penacova diz que APIN é uma “novela” criada pelo PS para ficar “agarrado ao poder”

O PSD de Penacova acusou hoje o presidente da câmara local de estar “agarrado ao poder” e de “conviver mal com a possibilidade de o perder com os protestos da população” a propósito da saída do município da Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior Norte (APIN), que gere o abastecimento de água, saneamento e gestão de resíduos urbanos.
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O presidente da comissão política do PSD de Penacova, afirma que o PS “assinou de cruz a criação da APIN” e que agora vem propor o contrário. “O PS sai à rua com um [novo] parecer jurídico na mão”, dizendo que a criação da empresa “afinal é ilegal e que o que devia ter sido criada era uma associação de municípios e não uma empresa municipal”, acusa Luís Pedro Barbosa.
Diz o PSD que o PS “sabia do real impacto do tarifário no bolso das populações e limitou-se a ignorar” e que “só se lembrou do impacto financeiro do tarifário quando a população saiu à rua num protesto sem precedentes” e que culminou com a saída do município da APIN em Assembleia Municipal.
Em comunicado enviado ao Notícias de Coimbra, o líder do partido da oposição no município questiona: “quanto vale a sobrevivência de um partido no poder? Quanto vale a salvação da imagem do futuro candidato à Câmara Municipal que, curiosamente, se recusou a estar no grupo de trabalho criado para discutir o tarifário dos serviços de água e saneamento?”
“A história da APIN é curta – acusa o PSD – mas faz-se de vários episódios que mais parecem uma novela patrocinada pelo Partido Socialista de Penacova e sua liderança”, reitera Luís Pedro Barbosa que acusa que a empresa de ambiente de ter sido criada “sem critério de coesão territorial” e para “concorrer aos fundos comunitários necessários para fazer os investimentos que o município de Penacova não tem recursos para fazer sozinho, porque, tantas vezes, esses recursos são mal empregues”.
Em 2018, a APIN foi “constituída e aprovada sem qualquer reparo do Partido Socialista que nunca ouviu a oposição” e foi “instruída por um parecer jurídico favorável de uma conhecida sociedade de advogados de Lisboa, bem pagos por todos nós e atestado pelo presidente da Câmara e vereadores socialistas mas nunca contestado por Pedro Coimbra, presidente da Assembleia Municipal”, também do PS.
A oposição queixa-se de não ter sido ouvida neste processo e questiona publicamente se o “município de Penacova anda a criar entidades ilegais”.
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