Companhia de circo da Lousã celebra 30 anos com programa cultural
) – O primeiro aniversário do Museu do Circo vai ser comemorado no dia 28, na Lousã, com um programa que marca o arranque das comemorações dos 30 anos de atividade da Companhia Marimbondo.
“Pensar permanentemente em como levar felicidade, espanto e encanto às pessoas não é tarefa fácil”, afirma à agência Lusa o alemão Detlef Schafft, fundador do grupo de artes circenses, com sede em Vale de Sancho, freguesia de Foz de Arouce e Casal de Ermio, naquele município do distrito de Coimbra.
Há um ano, a associação cultural Marimbondo inaugurou o Momo – Museu do Circo, ao abrigo de um protocolo assinado com a Câmara Municipal da Lousã, presidida por Luís Antunes, cuja concretização passou pela remodelação da antiga escola primária de Foz de Arouce.
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No dia 28, às 21:30, o Momo, primeiro museu do género em Portugal, promove “um cabaré circense com a Companhia Marimbondo e Mica Paprika, malabarista português recentemente galardoado na semana do circo de Leipzig”, na Alemanha, revela Detlef Schafft.
“A Companhia Folia, de Lisboa, marcará também presença nestas comemorações, assim como a Rumtátá, banda de palhaços dos anfitriões”, acrescenta Eva Cabral, da organização, que promete momentos de “boa disposição”.
O programa dessa noite inclui música, novo circo, equilíbrios e malabarismos.
“Quando, em 1990, formei a Companhia Marimbondo com Jürgen Hauk e Harald Rothermel, nunca poderia imaginar estar aqui sentado hoje, 30 anos mais tarde, a recordar tantos bons momentos que esta decisão de me tornar palhaço aos 35 anos – e percorrer Portugal de lés-a-lés – iria trazer”, congratula-se Detlef.
E recorda: “Fizemos de tudo, atuámos em casinos, teatros, lares de idosos, ruas, hotéis de luxo, creches, hospitais e Palácio de Belém, para crianças, idosos, sem-abrigo e milionários”, com participações nos diversos canais de televisão do país.
“É ao mesmo tempo muito gratificante, mas cansativo, e Portugal com o seu reduzido tamanho geográfico não ajuda, pois toda a gente quer sempre novidades”, refere.
Neste percurso, desde 1990, a associação Marimbondo ganhou prémios internacionais na Bélgica e em Espanha.
“Recebemos o estatuto de interesse cultural, unimos mais de 40 artistas de 12 países diferentes ao longo dos anos e pintámos inúmeros sorrisos nas caras das pessoas. Tudo cor-de-rosa sempre? Longe disso”, pergunta o palhaço, para dar logo a resposta com uma estrondosa gargalhada.
Ao longo de um ano, passaram no Museu do Circo cerca de 2.000 visitantes de vários concelhos portugueses, bem como da Bélgica, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Argentina, entre outros países.
A lista de atividades regulares do museu inclui aulas de ioga aos sábados de manhã.
“Desde a sua abertura, o público pôde desfrutar, para além da exposição permanente e temporária do acervo, de espetáculos de circo contemporâneo, teatro, marionetas, concertos de música clássica e moderna”, segundo Eva Cabral, membro da Marimbondo.
O Momo aposta numa “programação eclética e diferenciada, de forma a alcançar todo o tipo de públicos”, enfatiza a artista.
As demais iniciativas para assinalar os 30 anos da companhia farão parte de um programa que vai ser divulgado no segundo semestre deste ano.
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