Perante um estrangulamento sofrido pelo IP3, durante quase um mês, perto de Penacova, parte da sub-região de Coimbra volta a reclamar que a cidade também se ligue àquele itinerário principal através da margem esquerda do rio Mondego.
Proposta de itinerário para ligação da A13 ao IP3
Os concelhos de Lousã, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo pouco beneficiam do IP3 e isso acaba por se reflectir em menor utilização da A13 (Coimbra – Tomar).
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Neste contexto, a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, composta por 19 municípios, bate-se pelo estabelecimento de um protocolo com a empresa Infra-estruturas de Portugal no sentido da realização de um estudo prévio para abrir caminho à construção de uma variante à Estrada da Beira (EN17), acaba de revelar Luís Antunes, presidente da Câmara da Lousã.
A Estrada da Beira está, hoje em dia, obsoleta. Ora, a esperada variante permitirá melhorar a articulação da cidade com o interior do distrito conimbricense, através da margem esquerda do Mondego, potenciando o aproveitamento da A13 e do IC6 (Penacova – Tábua).
Paulo Carvalho, engenheiro civil e presidente da Associação Empresarial de Poiares, é autor de uma proposta de traçado para ligar a A13 (a partir de Coimbra) ao IP3 no nó de Miro (Penacova).
Para o técnico e dirigente associativo, o empreendimento é bem mais defensável do que a extensão da A13 ao IP3 através da periferia urbana a Leste de Coimbra.
De acordo com Paulo Carvalho, a estimativa de custos ronda 80 milhões de euros, pouco mais do que a eventual construção de um viaduto sobre o Mondego, em Coimbra, para uma hipotética ligação da A13 ao IP3 (a montante de Souselas).
No Verão de 2017, oito dos 17 municípios do distrito de Coimbra preconizaram a “Alternativa Sul” do traçado da futura auto-estrada Coimbra / Viseu. João Henriques, presidente da Câmara de Poiares, foi o anfitrião de uma sessão em defesa da margem esquerda do rio Mondego para ligar Santa Comba Dão a Coimbra.
Segundo José Carlos Alexandrino, actual presidente da CIM – RC, por “necessidade de coesão territorial”, parte da sub-região de Coimbra possui estradas a menos.
Ainda em 2017, o ex-autarca Pedro Curvelo (PSD) preconizou que o traçado da auto-estrada Coimbra /Viseu devia contemplar um nó na Ponte Velha (Lousã), localizada à ilharga de Poiares.
Outrora candidato social-democrata à presidência da Câmara lousanense, o engenheiro pronunciou-se, em 2015, no âmbito da fase de um inquérito público desencadeado pela Infraestruturas de Portugal (IP).
Nesse âmbito, o ex-vereador sugeriu a margem esquerda do Mondego para implantação do itinerário da futura auto-estrada a jusante de Santa Comba Dão, em alternativa a um trajecto que implicaria nova travessia do rio a montante da ponte da Portela (Coimbra).
O ex-autarca lousanense entende que, por ocasião da implantação da A13, devia ter sido construída uma variante à Estrada da Beira entre Portela (Coimbra) e Ponte Velha.
Pedro Curvelo alega que o traçado através da margem esquerda do rio Mondego reduz a distância entre Viseu e Lisboa, melhora as acessibilidades aos concelhos da sub-região do Pinhal Interior Norte e potencia a utilização da A13 e do IC6.
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