Coimbra

Leiria projeta futuro até 2030 com o objetivo de fixar jovens

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-01-2020

A Câmara de Leiria apresentou hoje um conjunto de desafios que irão contribuir para a projeção do concelho até 2030, com o objetivo de garantir a fixação dos jovens.

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Durante cerca de uma hora, o presidente do município, Gonçalo Lopes (PS), apresentou, no Teatro Miguel Franco, as principais apostas pensadas para o concelho nas diferentes áreas, com o objetivo de projetar Leiria no futuro.

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“O grande desafio de 2020 é preparar e construir Leiria do futuro. Além de planearmos, temos os nossos objetivos traçados na área da educação, da saúde, da reabilitação e, sobretudo, conseguir e continuar a atrair novas empresas e mais economia para o nosso concelho”, disse Gonçalo Lopes à margem do evento.

O autarca salientou que um dos aspetos decisivos na construção do concelho e na área da reabilitação tem sido “o esforço da diáspora em captar novos investimentos para Leiria”.

Gonçalo Lopes explicou que este ano será um ano de “planeamento”, em que será “pensado coletivamente o futuro” do concelho, com “diversos especialistas” e, “sobretudo, com “uma atenção muito especial às gerações mais novas que, dentro de uma década, vão definir e amar a cidade”.

Para o autarca, “se os jovens que hoje têm 14 anos não gostarem da Leiria de 2030 não se vão fixar”.

Nesse sentido, será criado um grupo de trabalho para o Planeamento de Leiria 2020-30, com o objetivo de “traçar uma estratégia de afirmação de Leiria como um concelho de referência a nível nacional e internacional”.

A forma como este planeamento e auscultação à população será feito ainda não está definido. “Haverá alguém que vai liderar esse processo, que queremos que seja muito participativo, envolvente e credível. A pessoa ainda não está escolhida, mas terá de ter ‘mundo’ e uma visão ampla daquilo que será o futuro de Leiria”, assumiu.

Na apresentação, Gonçalo Lopes sublinhou que pretende que Leiria em 2030 seja um “concelho de referência para fixar pessoas”, pelo que é preciso “esta capacidade de antecipar o futuro e desafiar todos a refletir sobre isso”.

O processo de planeamento 2020-30 deverá seguir uma “metodologia participativa e multigeracional, de modo a encontrar respostas para fazer face aos novos desafios e oportunidades com que os territórios se confrontam”.

“Queremos ter capacidade de fixar a Geração Z, que não quer ter um carro, mas meios de deslocação. É preciso antecipar as suas vontades e desejos e tornar o território atrativo”, exemplificou.

Entre as prioridades anunciadas, o presidente da câmara destacou o aumento da mobilidade dos transportes públicos, com autocarros elétricos e corredores ‘bus’, ciclovias e bicicletas elétricas, garantir dinâmicas demográficas regressivas e níveis de escolaridade e qualificações superiores.

Aproveitar o novo ciclo de fundos comunitários é uma das prioridades delineadas, assim como garantir o acesso aos cuidados de saúde primários, através da construção de mais centros de saúde, anunciou ainda.

Na educação, Gonçalo Lopes propõe-se atingir em 2030 uma taxa de retenção de 2,9% – mais baixa que a atual (3,3%)- e, mesmo assim, abaixo da média nacional (5,1%).

Na área do desenvolvimento social está prevista uma aposta na reabilitação da habitação social, estando “18 projetos de intervenção social em curso”.

Apontando as candidaturas de Leiria a Cidade Europeia do Desporto em 2022 e a Capital Europeia da Cultura em 2027, Gonçalo Lopes referiu que está a trabalhar para garantir, também, uma maior área para a fixação de empresas.

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