A Assembleia Municipal de Miranda do Corvo, realizada ontem, ficou marcada pela intervenção de José Miguel Ferreira.
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O líder da bancada do PSD alertou os presentes para a perca de 500 eleitores entre 2014 e 2019. Em sentido inverso, o concelho vizinho da Lousã ganhou 1500 novos votantes.
José Miguel Ferreira destacou que “estes números revelam uma inversão da tendência que se vinha sentindo. Entre 2004 e 2014, Miranda do Corvo tinha crescido em mais de 700 eleitores enquanto que a Lousã só crescia 500 eleitores”.
Na sua intervenção, o deputado municipal alertou que “este ano, em todo o concelho, surgiram apenas 5 turmas de quinto ano. No próximo ano, no máximo, existirão 3 turmas. Desta forma, num curtíssimo espaço de tempo, iremos regredir ao tempo dos nossos pais em que para se fazer o secundário tinha de se ir para a Lousã ou para Coimbra, agora com a agravante de não haver transporte ferroviário”.
Para o líder do PSD na Assembleia Municipal “é evidente a culpa do atual executivo camarário”. “Ainda podíamos pensar que a culpa da perca de população era somente da falta da Linha de comboio, mas os resultados da Lousã provam o contrário”.
“Miranda está a perder pessoas dada a completa ausência de dinamismo provocada pela Câmara Municipal que se convence que basta organizar umas festas e uns eventos para atrair pessoas, esquecendo por completo o desenvolvimento de políticas de atração de investimento empresarial e fixação de pessoas”, destacou o advogado e gestor.
José Miguel Ferreira aproveitou o parecer do Revisor Oficial de Contas sobre as contas do município no primeiro semestre de 2019 para consolidar a sua opinião, “é evidente a falta de dinâmica existente quando hoje o executivo nos apresenta um relatório em que se afirma que apenas 6% dos investimentos previstos no orçamento de 2019 foram cumpridos no primeiro semestre do ano”.
Numa intervenção dirigida aos deputados municipais e presidentes de junta de freguesia socialistas, que considera “serem os primeiros defraudados com esta governação”, o líder do grupo municipal do PSD destacou que “num orçamento que já era o mais baixo (e menos ambicioso) da nossa história democrática, só executaram 6% dos investimentos prometidos. Chegarão ao final do ano com uma execução entre os 12 e 16% ao passo que, no ano passado, a Lousã executou 66% e Penela 55%”.
Numa pergunta retórica dirigida aos presentes, o advogado e gestor questionou: “imaginem, que os vossos filhos ou netos iam para a escola fazer um teste e chegavam a casa com um resultado de 6%. Como se sentiriam? Como os avaliariam?”. José Miguel Ferreira afirmou-se “plenamente convencido que, sem os atuais políticos, os funcionários da autarquia fariam sozinhos mais e melhor”.
Por fim, dirigindo-se ao jornalista da Lusa presente, José Miguel Ferreira lançou o desafio para que a Lusa organizasse um concurso para a Câmara no país que menos faz, inspirado nos razies, “de Miranda apresento um forte candidato à vitória”.
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