Coimbra

Amigos do Metro Mondego contam levar centenas de pessoas a Lisboa

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 09-01-2014

Existe a previsão que várias centenas de pessoas dos municípios de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis podem deslocar-se no sábado a Lisboa para um protesto junto à residência oficial do primeiro-ministro pela continuidade e conclusão das obras do projeto Metro Mondego.

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Promovida pelo Movimento Cívico dos quatro municípios, a manifestação pretende alertar o chefe do Governo para a necessidade de o projeto Metro Mondego constituir uma das prioridades de investimento do país a propor à União Europeia no próximo quadro comunitário.

“Esta ação tem como objetivo exigir ao Governo que o projeto seja candidatado a financiamento europeu como obra prioritária, na programação financeira da Política de Coesão da União Europeia para 2014-2020 (Fundos Comunitários)”, sublinhou hoje à agência Lusa o porta-voz Jaime Ramos.

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Segundo o ativista, cerca de um milhar de pessoas marcarão presença no protesto.

O projeto, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo “tram-train” – com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais – na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.

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O Ramal da Lousã foi desativado há quase quatro anos, estando concluída, no âmbito do projeto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego (MM), que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.

“São milhões que vão para o lixo se a obra não tiver continuidade. Portanto, o Governo tem de aproveitar o dinheiro já gasto”, sublinhou Jaime Ramos.

O porta-voz do Movimento Cívico e antigo governador civil de Coimbra frisou ainda que o Governo desmantelou uma “linha com mais de 100 anos, que transportava cerca de um milhão de passageiros por ano, pelo que é intolerável não dar continuidade à obra quando, se o projeto for candidatado a financiamento europeu, Portugal terá uma comparticipação de 95%”.

“Exigimos ainda que o Governo não compare este projeto com outros, na medida em que não se trata de uma obra nova, mas sim dar continuidade a um investimento já iniciado”, salientou.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra mostrou-se disponível para integrar os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) na sociedade Metro Mondego, de forma a viabilizar a concretização do SMM.

“Considerando a necessidade de viabilizar o projeto e de existir uma coordenação de transportes públicos coletivos, estamos disponíveis para integrar os SMTUC na Metro Mondego”, referiu à agência Lusa Manuel Machado.

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