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Epicentro! vai mostrar durante 3 dias a música que se faz por Coimbra

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 04-03-2019

editora Lux Records e o estúdio Blue House, de Coimbra, uniram esforços para criar o “Epicentro!”, um evento em abril para mostrar a música que se faz na cidade, dos históricos The Parkinsons aos emergentes Defrosted Pork Chops.

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Vão ser três dias – 18 a 20 de abril -, no Salão Brazil, para tomar o pulso à cena musical de Coimbra, com concertos de nove bandas, onde o “Epicentro!” funciona como um “sismógrafo musical” que faz um ponto de situação do que se está a fazer na cidade, divulgou a organização do evento, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

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Pelo Salão Brazil, vão passar, na primeira noite, os a Jigsaw, banda com 20 anos de carreira que trabalha em torno do folk, country e blues, Portuguese Pedro, artista associado ao rockabilly, e Drunks on The Moon, novo projeto da cidade, que divaga entre o ‘kraut rock’ e a ‘surf music’ da Califórnia.

A 19 de abril, sobem ao palco do Salão Brazil os emergentes Defrosted Pork Chops, que devem lançar o seu álbum de estreia este ano, os The Walks, que editaram em 2018 o seu segundo disco, “Opacity”, e os D3O, banda nascida em 2002 a partir das cinzas dos Tédio Boys, uma das bandas mais icónicas da cena punk que emergiu em Coimbra, nos anos 1980.

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No último dia, atuam o rapper conimbricense Ruze e os Tricycles, que contam com João Taborda na formação, tendo como ‘cabeça de cartaz’ os The Parkinsons, banda de punk-rock formada em 2000, em Londres, pelos músicos da cidade Victor Torpedo e Pedro Chau, que também participaram nos Tédio Boys.

Para o responsável do estúdio e agência Blue House, João Silva (também conhecido por Jorri), a ligação à Lux Records “pareceu algo natural”, visto que das mais de 20 bandas que representam e que gravam a maioria tem editado ou vai editar por aquela editora sediada em Coimbra e que passou a ter uma maior atividade nos últimos dois anos.

Ao mesmo tempo, o evento procura assinalar um momento de transição da Blue House, que pretende não ser visto apenas como mais um estúdio de gravação, mas como uma espécie de coletivo das bandas da cidade.

“Cada vez é mais difícil pôr bandas a tocar e queríamos criar condições para quem quer fazer música nesta cidade. É uma espécie de cooperativa que junta as bandas de Coimbra sob um teto e que lhes dá o mínimo de condições para que toquem mais e melhor”, disse à agência Lusa Jorri, também membro dos a Jigsaw.

O “Epicentro!” acaba por cruzar diferentes experiências, percursos e gerações de músicos no mesmo palco, com as bandas mais antigas a ajudarem os projetos mais emergentes, notou.

“Alguém que já tem um espaço ajuda os novos artistas a que o consigam conquistar, a apresentá-los ao público que outros já têm e que já conquistaram”, vincou.

Com o “Epicentro!”, Jorri espera que se acentue o trabalho coletivo por parte dos mais de 50 músicos que trabalham com a Blue House.

No entanto, realça, não é por acaso que o nome do evento não se fecha em Coimbra, deixando as portas abertas para que no futuro se crie um movimento que consiga juntar as cenas musicais da região Centro, apontando para o trabalho que Leiria também tem feito, com as editoras Omnichord e Rastilho e com a associação Fade In.

O evento, que coincide com o Record Store Day (dia para celebrar a cultura da loja independente de discos), vai também contar com a reedição em vinil de “Reason To Resist”, o segundo álbum dos The Parkinsons, afirmou à Lusa o responsável da Lux Records, Rui Ferreira.

Pouco antes do “Epicentro!”, será editado o álbum de estreia Tricycles, sendo que 2019 ainda deverá ficar marcado pelo lançamento, por parte da editora de Coimbra, dos novos álbuns de a Jigsaw e de D3O, e da estreia de Drunks on The Moon e Defrosted Pork Chops.

Os bilhetes para os três dias custam entre 25 a 35 euros, dependendo da altura em que são comprados.

Os bilhetes diários custam entre 13 e 15 euros.

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