Coimbra

CDU defende que Coimbra deve investir no transporte público e reclamar comparticipação do Estado

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 22-10-2018

A CDU defendeu hoje que o município de Coimbra deve investir no transporte público e reclamar comparticipação do Estado à prestação deste serviço no concelho, como acontece em Lisboa e no Porto.

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Ao tomar posição sobre as grandes opções do plano (GOP) e orçamento municipal para 2019, o vereador comunista Francisco Queirós disse que cabe à autarquia “privilegiar a aposta no transporte público” assegurado pelos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC).

Na sua opinião, a prestação deste serviço público deve ser alargado “a todo o concelho” e a Câmara Municipal, presidida pelo socialista Manuel Machado, terá de “exigir do Estado central o financiamento que outros recebem no apoio à exploração”, tendo em conta “a vocação metropolitana” da cidade do Mondego.

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O financiamento dos SMTUC, com verbas do Orçamento do Estado, “é fundamental para a vida de toda uma comunidade”, incluindo vários municípios vizinhos, no distrito de Coimbra.

“Nos últimos anos, o que vimos foi o inverso”, afirmou Francisco Queirós, numa conferência de imprensa, no Centro de Trabalho do PCP de Coimbra, em que também esteve presente Isabel Melo, dirigente local do partido.

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Neste contexto, voltou a criticar o encerramento do Ramal da Lousã, linha férrea que funcionava há mais de 100 anos, desde 1906, e que foi encerrada para obras em 2010, com a promessa de um sistema de metro – entre Serpins e Coimbra, passando por Lousã e Miranda do Corvo – que nunca chegou.

O autarca da CDU recordou “tudo o que de vergonhoso foi ver” responsáveis políticos da região “a aplaudirem o arranque dos carris” na estação de Serpins, concelho da Lousã, em dezembro de 2009.

Por outro lado, para a CDU, importa que, em 2019, o município de Coimbra transfira “no mínimo 10% do orçamento total” para as freguesias, sendo “fundamental que estas tenham meios para intervir” nos seus territórios.

Desde 2013, quando Manuel Machado regressou à liderança da Câmara Municipal, da qual o PS esteve arredado 12 anos, “a gestão municipal pautou-se (…) por um centralismo presidencialista paralisador de serviços”, acusou o vereador.

“A CDU continuará sempre a pugnar pela transparência de procedimentos e decisões, pela discussão coletiva no quadro da colegialidade dos órgãos, defendendo e promovendo a celeridade nas decisões e a proximidade aos munícipes”, preconizou.

As GOP e o orçamento para 2019 “deverão acolher as grandes linhas de orientação política” que a CDU considera prioritárias, disse.

“É urgente, em matéria de pessoal autárquico e em especial nos setores mais carenciados, reforçar na exata medida das necessidades, as unidades orgânicas que prestam serviços essenciais à população, como nos setores da higiene, espaços verdes e jardins, nas obras, nos transportes e nos bombeiros municipais”, acrescentou.

Francisco Queirós disse que “também nos serviços de habitação falta pessoal suficiente” para garantir a manutenção das casas e espaços comuns e a “sua recuperação por administração direta, sempre que possível”.

Na área cultural, é necessária “uma visão global que envolva todos os seus parceiros e atores”, considerando Francisco Queirós que a autarquia tem vindo a assumir uma política “mais para o fogo-de-artifício e menos para o trabalho continuado” de futuro.

Relativamente à candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura, defendeu que os próximos oito anos “são um período importante e decisivo” de um processo, coordenado pelo mágico Luís de Matos, “que se consolide para lá de 2027, pelo que importa mobilizar meios significativos para a sua prossecução”, defendeu.

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