Coimbra

Paulo de Carvalho anima primeira noite de São Mateus em Soure

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 19-09-2018

Paulo de Carvalho é a atração nacional convidada para animar a primeira noite das festas de São Mateus, em Soure.  

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O cantor de êxitos como E Depois do Adeus,  Nini Dos Meus Quize Anos, Abracadabra ou Os Meninos de Huambo actua esta quinta-feira, 20 de setembro, no São Mateus, em Soure. 

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Na apresentação do evento que vai animar a região entre 20 e 25 de setembro, Mário Jorge Nunes realçou que os espectáculos com Paulo de Carvalho, Anselmo Ralph, Quatro e Meia, Orelha Negra, philar búrdia (Filarmónica do Cercal e Banda de Vila Nova de Anços) e Augusto Canário decorrem numa tenda gigante instalada no Parque dos Bacelos.

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O líder do município sourense destacou o facto de cerca de 2000 sourenses participarem activamente em diversas realizações durante o São Mateus, o que representa 10% da população local.

Por estes dias também se realiza a FATACIS – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio, Industria de Soure, um certame considerado fundamental para a promoção e divulgação dos mais variados ramos da atividade económica, que, segundo o autarca sourense, conta com a presença de 200 expositores.

A feira das nozes, das cebolas e da madeira e a feira generalista, são ingredientes que certamente, não deixarão de interessar, vivamente, não só à população local mas também a quem, nestes dias, visita esta vila.

Concelho de “micro, pequenas e médias empresas”, Soure vai contar, nos festejos, com a presença de ranchos folclóricos, bandas de música, gastronomia e o artesanato das suas doze freguesias.

Muitas instituições locais também colaboram no evento, cuja responsabilidade pertence, desde 2007, à Associação Empresarial de Soure.

Prevê-se, por isso, que o êxito esteja, à partida, garantido, no seguimento, aliás, do que tem sucedido em anos anteriores.

A organização da festa e da feira

Esta importância de S. Mateus está provada desde tempos ancestrais, provavelmente desde a construção no século XII por Rício de uma ermida em sua honra nos arredores da vila de Soure, num local denominado como monte de S. Mateus, cuja origem pode ser testada numa lápida grafada sobre o cenotáfio de Ríco (Rijo).

É a Fé e o acreditar nos feitos como santo milagreiro que desde tempos remotos funciona como epicentro de vasta multidão de devotos, peregrinos e romeiros a cumprir promessas e ofertas prometidas ao longo dos anos. As preces mais frequentes visam ajudar a resolver pequenas mazelas de ordem física ou a solicitar a proteção dos animais, searas e pomares. Daí, as ofertas em norma resultarem da mãe natureza ou da força do trabalho.

A tradição transmite que as ofertas derivam de produtos roubados durante o percurso dos devotos e ranchos a caminho de S. Mateus e são depositados no altar do santo, uma função inspirada e adulterada da doutrina de S. Mateus.

Desta forma os devotos noutros tempos depositavam sobre o altar abóboras e espigas (milho e trigo, centeio e arroz), uvas e frutas das novidades, rãs e sapos, lagartixas e gafanhotos, pulgas e moscas, aguardente e vinhos. Atualmente, junto ao altar de S. Mateus apenas são depositadas (muitas) flores.

As velas de cera são queimadas em sítio próprio, as ofertas rececionadas pelos mordomos e depositadas na sacristia – além do dinheiro, da cera e das flores – são à base de produtos da lavoura, bebidas, enchidos, entre outros. Em suma, trata-se de um ofertório da época, passível de leiloar e os lucros reverterem para a conservação da ermida.

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