Região

Áreas empresariais no interior insuficientes para acolher interessados

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 18-11-2022

A ministra da Coesão Territorial disse hoje, em Arganil, que não existem áreas de acolhimento empresarial suficientes no interior do país para acolher as unidades interessadas em instalar-se naquela zona do território.

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“Não estamos a conseguir, mesmo em territórios do interior, a dar resposta à procura de investimento por parte de empresas”, que face ao contexto de guerra na Europa estão a reorientar os seus investimentos, disse hoje Ana Abrunhosa, em Arganil, no interior do distrito de Coimbra.

A governante falava na inauguração da ampliação da zona industrial da Relvinha, que consistiu na construção de 23 novos lotes, com dimensões que variam entre os 6.500 e os 37.400 metros quadrados, num investimento de 4,8 milhões de euros, comparticipados pelo FEDER com 3,5 milhões de euros.

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Aos jornalistas, a ministra da Coesão Territorial frisou que, “em certas zonas do interior, não existem infraestruturas como esta [de Arganil] suficientes para a procura que os territórios estão a ter”.

A procura, segundo Ana Abrunhosa, centra-se em empresas nacionais que procuram expandir-se e em multinacionais que procuram instalar-se no país.

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Segundo a governante, no programa de apoio comunitário do Portugal 2030, o Governo vai dar prioridade a que os municípios executem investimentos em áreas de acolhimento, “não só a expansão de empresas que já existem nos territórios, mas para também acolherem novas empresas”.

“Do que conheço no território, o que os municípios e as associações empresariais transmitem é que não conseguem dar resposta à procura por parte das empresas, já que umas procuram espaços já infraestruturados e outras não querem construir, mas pretendem locais para se instalar, sobretudo as de tecnologia”, salientou.

Daí que a ministra da Coesão Territorial considere que Arganil deu uma “resposta a uma necessidade do país, que tem registado uma crescente procura de espaços para desenvolvimento da atividade empresarial”.

“Mesmo neste contexto de guerra, de incerteza, de inflação, esta área vai permitir dar um salto qualitativo em termos de competitividade, inovação e atratividade deste território”, sublinhou.

Para o presidente da Câmara de Arganil, a ampliação da área de acolhimento empresarial da Relvinha será “um marco incontornável no progresso e no desenvolvimento do concelho, pela clara aposta que representa na criação de novas oportunidades para os arganilenses e para o território, pelo papel que assumirá na captação de investimento, e, consequentemente, na criação de emprego e fixação de pessoas”.

Luís Paulo Costa destacou ainda a centralidade da infraestrutura, que apresenta “vantagens competitivas muito grandes”, uma vez que se encontra “às portas” de Arganil, com acesso direto ao IC6, que, a partir daí, possibilita ligação ao IP3, A1 e A25,” com fácil acesso a todo o país e à Europa, através da fronteira de Vilar Formoso”.

Todos os 23 lotes estão infraestruturados com as necessárias redes de infraestruturas de uso coletivo, nomeadamente redes viárias, eletricidade, telecomunicações, abastecimento de água, drenagem de águas pluviais e residuais e de gás.

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