A Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Mondego prevê adjudicar até ao final do ano a empreitada de ampliação do serviço de urgência, consulta externa e ambulatório cirúrgico do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
A empreitada, orçada em 8,4 milhões de euros, comparticipada a 85% pelo programa Portugal 2030, constitui um dos maiores investimentos dos últimos 15 anos naquela unidade de saúde do distrito de Coimbra, que serve os concelhos da Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Soure.
“Sem dúvida que é um projeto absolutamente estratégico, que vai marcar muito a diferença daquilo que era a capacidade instalada do hospital até à data e depois da construção deste novo edifício” explicou à agência Lusa Ana Raquel Santos, presidente do conselho de administração da ULS do Baixo Mondego.
PUBLICIDADE
A responsável salientou que “tanto os profissionais como os doentes vão perceber claramente” o impacto desta obra “muito significativa” para o reforço da capacidade de intervenção e de ação do hospital.
O projeto foi apresentado hoje no Hospital Distrital da Figueira da Foz e aguarda autorização da portaria de extensão de encargos para reunir as condições para abertura do concurso público, que deverá acontecer no próximo verão, com a adjudicação prevista até ao final deste ano.
A ampliação projetada consiste num novo edifício com dois pisos, com uma área coberta de cerca de 2.300 metros quadrados, aproveitando o pátio existente junto ao bloco operatório e serviço de urgência.
O projeto cria também áreas com o objetivo de responder “de forma cada vez mais eficiente, humanizada e qualitativa” às expectativas crescentes da população, com vista a uma otimização de recursos e à melhoria da acessibilidade dos doentes.
“Vamos libertar todo o espaço da urgência de pediatria, que vai passar a ficar afeto à urgência de adultos, e conseguimos resolver um problema estrutural grave que era a ausência de espaço, pois a estrutura não conseguia comportar tantos doentes”, salientou Ana Raquel Santos.
A nova urgência pediátrica, que vai duplicar a área, foi concebida para diferenciar circuitos e doentes, dando resposta a futuros incidentes que possam ocorrer, “como uma futura pandemia”, adiantou a responsável.
Com esta intervenção, a área de ambulatório cirúrgico também vai libertar camas do internamento que estão ocupadas por doentes que precisam de permanecer em contexto hospitalar, permitindo o aumento da rotação de doentes.
“Não podemos conformar-nos com corredores apinhados de doentes em macas, situação que não pode ser normalizada”, sublinhou a presidente do conselho de administração da ULS do Baixo Mondego.
Dentro de dois meses, aquela entidade pretende também avançar também com a construção da Unidade de Convalescença e Hospital de Dia no perímetro do Hospital Distrital da Figueira da Foz, que está adjudicada e representa um investimento de 3,7 milhões de euros, suportados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE