O Turismo de Portugal vai investir até oito milhões de euros (ME) na reabilitação da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC), montante financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e fundos próprios, disse fonte oficial.
A empreitada de reabilitação da EHTC chegou a estar prevista para terminar este ano, depois de, em abril de 2024, numa declaração pública, o diretor do estabelecimento de ensino ter anunciado um investimento de 4,5 ME e apontado dezembro de 2025 como data de conclusão das obras, mas estas não chegaram a iniciar-se.
Em portaria publicada no Diário da República a 09 de dezembro, o Governo veio agora autorizar o Turismo de Portugal a assumir os encargos da empreitada de reabilitação da EHTC, até ao montante máximo de 8 ME (+ IVA), repartidos pelos anos de 2026 (cerca de 7,5 ME) e o restante em 2027.
Em resposta escrita enviada à agência Lusa, questionada sobre os prazos da obra e o aumento da dotação financeira para os oito milhões de euros, fonte oficial do Turismo de Portugal frisou existirem “dois fatores determinantes que justificam a atualização do valor global da intervenção”.
“Em primeiro lugar, o planeamento das obras na rede de escolas foi realizado em 2022/2023, e a evolução significativa dos preços no setor da construção nos últimos anos obrigou a uma revisão significativa dos orçamentos iniciais”, explicou.
Por outro lado, “a intervenção inicialmente prevista era mais circunscrita, centrada sobretudo nas áreas de formação prática”.
“Contudo, identificou-se a necessidade de atuar também nas infraestruturas de suporte geral, como as redes de água e elétrica, para garantir uma modernização estrutural e duradoura do edifício. Esta decisão de avançar com uma intervenção mais abrangente implicou um reforço do investimento face à estimativa inicial”, adiantou o Turismo De Portugal.
Já quanto ao atraso na intervenção, que só deverá estar concluída cerca de um ano depois do prazo anterior (final de 2026 ou início de 2027), este “decorre da necessidade de reformular o projeto para incorporar estas alterações e assegurar que a intervenção responde plenamente às exigências atuais e futuras da escola”.
O projeto, que “prevê uma intervenção profunda no edifício existente, com obras de reabilitação e remodelação que visam melhorar de forma significativa a funcionalidade, o conforto e a eficiência energética”, será financiado pelo PRR e receitas próprias do Turismo de Portugal, numa proporção de 70% e 30%.
A mesma fonte notou que o financiamento do PRR “incide exclusivamente sobre os espaços diretamente destinados à formação, como salas de aula, laboratórios técnicos e áreas de aprendizagem digital” e será o primeiro a ser concretizado.
Seguir-se-á a intervenção nos espaços de suporte – áreas administrativas, áreas comuns, balneários e economato – financiada pelas verbas próprias “garantindo uma intervenção integrada e funcional em todo o edifício”.
O lançamento da empreitada está previsto para o início de janeiro de 2026 e a obra deverá começar em março, com prazo de execução entre seis e nove meses.
Durante a intervenção, as atividades da EHTC “serão temporariamente deslocalizadas para outra instalação uma vez que, para acelerar a obra e cumprir os prazos definidos, é necessário assegurar a libertação total do edifício atual”.
A localização alternativa “está já a ser preparada”, pretendendo o Turismo de Portugal que as soluções encontradas – ainda não divulgadas – “garantam todas as condições para a continuidade da atividade formativa”, quer no atual ano letivo, quer, eventualmente, no arranque do próximo.
A solução encontrada, acrescentou, “terá como prioridade assegurar as melhores condições para os alunos”, estando a ser trabalhada uma “alternativa próxima da escola”, localizada desde 1989 numa casa senhorial da antiga Quinta da Boavista, construída na primeira metade do século XIX, numa colina com vista para o rio Mondego, na zona leste de Coimbra.
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