Portugal

7 em cada 10 pessoas masturbam-se em Portugal

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 09-03-2023

O sexo e o prazer são temas que tocam a todo o ser humano sem exceção, contudo, outrora era um assunto taboo. Hoje em dia tem mais destaque e aceitação pela sociedade. Um estudo revela que cerca de 18% das pessoas masturba-se diariamente e quase 1% diz que nunca se masturbou.

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Os dados preliminares de um recente estudo revelaram que, em Portugal, sete em cada dez pessoas se masturbam. Mostraram ainda que “a maior parte das pessoas opta pela prática sexual a sós semanalmente (cerca de 50%), contrastando com aquelas que o fazem diariamente (cerca de 18%) e as que dizem nunca se ter masturbado (0,9%)”, revela o documento do Museu Pedagógico do Sexo (MUSEX), em parceira com “O Gerador” e o Mestrado de Transdisciplinar de Sexologia da Universidade Lusófona e a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.

O estudo online visa obter uma perspetiva mais abrangente e diversificada sobre o prazer sexual. Até ao momento, responderam ao inquérito 1.624 pessoas, com idades compreendidas entre os 17 e os 83 anos.

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Já foi comprovado que a masturbação permite que o indivíduo compreenda verdadeiramente aquilo que lhe dá prazer, sendo que tende a variar de pessoa para pessoa. Trata-se da “exploração e o autoconhecimento corporal de uma forma eficaz e livre, sem pressão ou foco”, lê-se no estudo.

A masturbação pode incluir o toque com recurso a brinquedos sexuais e a visualização de filmes eróticos acaba muitas das vezes por estar acompanhada desta prática (80%).

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Porém, para os portugueses o sexo com outra pessoa continua a ser a prática sexual preferida. Ao que a investigação conseguiu apurar, apesar de 65% dos inquiridos se masturbar, a atividade sexual com um parceiro continua a ser a favorita dos portugueses. “Em média as pessoas sentem menos prazer na masturbação (74% de prazer) do que na atividade sexual com outra(s) pessoa(s) (83% de prazer)”, avançam os dados.

No que toca à comunicação sexual, “78% das pessoas que colaboraram com a investigação dizem comunicar com o parceiro sobre o que gostam ou não gostam de fazer durante o ato sexual. O facto pode estar intimamente ligado ao autoconhecimento corporal”, pode ler-se no estudo.

Para além de todos os benefícios associados à satisfação sexual pessoal, existem contornos que levam algumas pessoas a não adotarem esta prática, algo que o estudo relatou como sentimentos de frustração, tristeza e solidão.

“A masturbação a sós, para obter prazer sexual, é também para algumas pessoas vivida com frustração e tristeza, ou por ser um momento em que se sinaliza a insatisfação trazida pela vida sexual atual (solidão, ausência de parceiro/a/es, sexualidade com outras pessoas pouco prazerosa) ou por que concretiza em contextos sentidos com culpabilidade, como recorrer a pensamentos (imaginar cenários com outras pessoas que não a pessoa com quem se tem uma relação monogâmica) ou práticas que se vivem com culpabilidade (por exemplo, utilizar pornografia)”, lê-se no estudo.

Outras variáveis abordadas na investigação foram o Sexting (mensagens com conteúdo sexual), o cibersexo, a prática de sexo em grupo, sexo com fetichismo, entre outros.

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