A ministra do Trabalho considerou hoje que o anúncio da greve geral pela UGT “é extemporâneo” dado que o anteprojeto de revisão laboral está a ser discutido, mas avisou que o “Governo não está disponível para retirar toda a proposta”.
Em entrevista à RTP Notícias, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social rejeitou as acusações de que o diálogo em sede de Concertação Social seja “de fachada”, sublinhando que “todas as normas” previstas no anteprojeto de revisão laboral apresentado pelo Governo “são normas em construção, em aperfeiçoamento, e estão a ser construídas e aperfeiçoadas com todos os parceiros” sociais.
Rosário Palma Ramalho deixou, no entanto, críticas à CGTP, referindo que esta central sindical “colocou-se desde o início à margem de qualquer negociação”, posição que, segundo a ministra, contrasta com a UGT.
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“A UGT para já, volto a dizer, deve diferenciar-se da CGTP: porque a CGTP desde o primeiro momento disse que não queria negociar. Pelo contrário, a UGT está sentada à mesa connosco”, afirmou.
A ministra considera, por isso, “não da parte da CGTP”, mas da parte UGT, “extemporâneo” o anúncio da greve geral.
No sábado, o secretário-geral da CGTP – que tem vindo a apelar para o Governo retirar o pacote da discussão – anunciou uma greve geral para 11 de dezembro. No domingo, fonte da UGT confirmou à Lusa que vai propor na quinta-feira ao secretariado nacional a ratificação da decisão de avançar com a CGTP para uma greve geral.
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