Educação

35 milhões! É quanto vai custar a requalificação da Escola Secundária José Falcão

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 15-09-2025

A requalificação da Escola José Falcão, em Coimbra, há muito reclamada pela comunidade educativa, deverá custar entre 30 a 35 milhões de euros, afirmou a vereadora da Câmara com a pasta da Educação.

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A perspetiva do município é assegurar financiamento a 100% do Governo, através do Banco Europeu de Investimento (BEI), disse Ana Cortez Vaz, que falava aos jornalistas no final da apresentação do projeto de execução da reabilitação da Escola Secundária José Falcão.

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O Governo anunciou segunda-feira a abertura do primeiro concurso com verbas do BEI, estando incluída na lista a Escola José Falcão.

De acordo com a vereadora, o projeto de reabilitação daquela escola está agora em fase de “compatibilização de todas as especialidades”, tendo sido desenvolvido a partir de um contrato interadministrativo entre o município e a Universidade de Coimbra, num investimento de 700 mil euros, que junta uma equipa multidisciplinar daquela instituição do ensino superior de áreas como a arquitetura, ciências da educação e engenharias, entre outras.

“Espero e deixo o meu apelo para que não se deixe morrer este projeto nunca. É urgentíssimo que se faça a reabilitação da José Falcão”, frisou Ana Cortez Vaz.

O projeto de requalificação preconizado assenta sobretudo na estrutura do edifício de quase 100 anos, onde “há grandes debilidades”, eliminando também algumas infraestruturas criadas posteriormente, como é o caso do bar dos alunos (um pré-fabricado) ou a ampliação do ginásio.

“O bar dos alunos sai do pré-fabricado, vai para o rés-do-chão e vai passar a ser um espaço totalmente aberto, fazendo a ligação entre o pátio onde está a ‘casa do reitor’ e todo o pátio interior, que é um espaço extraordinário que pode ser muito mais aproveitado”, disse.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, espera que a obra possa iniciar-se “nos próximos dois anos”, sublinhando a “ampla participação da comunidade” no desenvolvimento do projeto de requalificação, num processo “aberto e de diálogo” com alunos, professores, funcionários e pais.

“Não tenho dúvidas de que vamos continuar a trabalhar assim no futuro e este é um bom exemplo disso”, vincou.

Na cerimónia, o autarca manifestou uma “satisfação enorme” por se avançar com a reabilitação daquela escola, recordando que o contrato celebrado com a Universidade de Coimbra foi “um processo complexo e exigente” do ponto de vista legal.

“O envolvimento da universidade com a comunidade é absolutamente essencial para nós e este é um exemplo disso”, vincou o vice-reitor da Universidade de Coimbra, Alfredo Dias.

A diretora da escola, Isabel Amoroso Lopes, elogiou o processo participado e a auscultação da comunidade, e a delegada regional da Educação do Centro, Cristina Oliveira, congratulou-se com o “arrojo” do projeto e com o trabalho que o município tem assegurado na requalificação de várias escolas no concelho.

Um dos arquitetos da equipa da Universidade de Coimbra, Gonçalo Canto Moniz, referiu que o projeto de execução aponta para um prazo de obras de 18 meses.

Além da requalificação, o projeto terá também resultados científicos que serão partilhados com publicações e um seminário, num processo que tem a ambição de querer ser “exemplar e de boas práticas para intervenção em espaços escolares”, disse.

Segundo o membro da equipa e arquiteto João Mendes Ribeiro, face à qualidade arquitetónica do edifício, o projeto procurou, sobretudo, “dar resposta às novas necessidades”, num “trabalho muito denso de infraestruturas e cumprimento de regulamentos”.

Além disso, houve uma especial atenção à criação de novos espaços coletivos e de convívio “para lá da sala de aula”, afirmou.

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