Região

33 anos e uma vida: Casas de Melo e a história do “Senhor EXPOFACIC”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 36 minutos atrás em 09-08-2025

O Notícias de Coimbra continua a acompanhar a EXPOFACIC e desta vez trouxe um convidado muito especial: Casas de Melo, a quem nos atrevemos a chamar carinhosamente o “Senhor EXPOFACIC”.

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Homem “da casa”, presente desde a primeira edição deste certame que hoje é considerado o maior do género a nível nacional, Casas de Melo acompanhou de perto a evolução de uma pequena feira-festa no centro de Cantanhede até ao evento de dimensão que conhecemos.

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“Ao longo destes 33 anos e 33 edições, tive o privilégio de ser o único funcionário da Câmara Municipal presente desde o início, sempre com a mesma dedicação e confiança de vários presidentes de Câmara”, explicou numa conversa que revela uma ligação profunda e quase familiar com o evento.

Recordando os primeiros passos, Casas de Melo sublinhou que “a primeira edição decorreu ao ar livre, nos campos da Escola Secundária de Cantanhede, fruto da visão do então presidente Albano Paes Souza e do vereador Espírito Santo Lopes, que apostaram em dar continuidade a uma tradição que remontava à década de 60 com a Feira de São Mateus”. A história é, para ele, um elo fundamental para entender o presente do certame: “Já naquela altura, apesar das limitações, havia transportes coletivos e o evento era uma referência na região centro”.

Ao longo dos anos, o certame cresceu e transformou-se, passando por várias lideranças. Casas de Melo destaca “a grande viragem durante o mandato de Rui Crisóstomo, que imprimiu um novo impulso, envolvendo associações e freguesias, seguido pelo crescimento sustentado com Jorge Catarino e Maia Gomes”. Foi com a entrada da empresa municipal INOVA e o patrocínio decisivo de Patrocínio Alves que “houve uma mudança altamente significativa”, segundo o convidado.

Sobre o seu compromisso, partilha uma nota de gratidão e entrega: “Tenho 70 anos e, apesar de a reforma estar ao virar da esquina, a Presidente da Câmara teve a gentileza de me propor continuar. O meu compromisso é estar sempre disponível, sem cargos nem exigências, simplesmente para servir”.

Questionado sobre um momento marcante, Casas de Melo não hesita: “Sem dúvida, o concerto dos Scorpions. Estava sozinho no escuro a coordenar os fogos de artifício e pensei: será que isto é real? Foi a prova de que a EXPOFACIC atingiu um patamar que há 30 anos parecia impossível. Como dizia Patrocínio Alves, ‘Deus ajuda quem trabalha’, e aqui trabalha-se muito”.

Para o futuro, mantém a humildade e a prudência: “Se esta for a última edição em que participo, sairei com a consciência do dever cumprido. Mas não é tempo para antecipar cenários. O certame está em boas mãos e o resultado só se verá no final do jogo”.

Sobre as paixões que o movem, admite: “A Académica é a única mulher a quem sou fiel; é uma paixão. A EXPOFACIC é um trabalho, uma missão que faço com alma e coração, porque está acima de interesses pessoais”.

O evento termina amanhã, mas ainda há tempo para visitar. Como o próprio Casas de Melo afirma: “As portas estão abertas, venha ver, não se vai arrepender”.

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