3 em cada 10 consumidores na Península Ibérica compram produtos em segunda mão no canal online, uma tendência que está cada vez mais vincada numa altura em que os e-buyers mostram cada vez mais preocupação com a sustentabilidade.
Esta é uma das principais conclusões da primeira edição do CTT e-Commerce Flash Survey, realizado com base em inquéritos a consumidores entre os 18 e os 60 em Portugal e Espanha, através das redes sociais.
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Em Portugal, cerca de 50% dos e-buyers estão envolvidos em processos de compra / venda de produtos em 2ª mão: ou só compram (12%), ou só vendem (15%), ou compram e vendem (23%).
O estudo revela que os consumidores estão a comprar cada vez mais online e valorizam sobretudo a comodidade e o controlo sobre as suas encomendas, dando especial importância à fiabilidade do serviço de entrega, sendo este um fator determinante na decisão de compra. A facilidade da devolução e a opção de entrega fora de casa também são relevantes na hora de escolher comprar online.
Entre as principais tendências identificadas, destaca-se a evolução das devoluções como parte natural do processo de compra. Em Portugal, 41% dos consumidores afirma ter devolvido algum produto online no último ano, enquanto em Espanha esse valor sobe para 57%.
No que diz respeito à importância da sustentabilidade, o consumidor começa a valorizar o impacto ambiental das suas compras, dando prioridade a opções sustentáveis, desde que não impliquem custos adicionais. Assim, apesar da recusa em pagar mais por opções sustentáveis continuar a ser maioritária — com 45% em Portugal e 34% em Espanha a não aceitarem custos extra —, 46% dos portugueses e 53% dos espanhóis aceitariam prazos de entrega mais longos se isso contribuísse para reduzir o impacto ambiental.
Na fase final do processo de compra, os pontos de conveniência e os lockers continuam a ganhar relevância em termos de preferência por parte dos compradores online. Em Portugal, apesar de a entrega no domicílio ser ainda maioritariamente preferida (56%), as preferências pelas soluções alternativas tendem a ganhar mais relevância (13% a preferirem pontos de conveniência e 12% a preferirem lockers).
Espanha mantém uma preferência maioritária pela entrega em casa. 65% dos consumidores continuam a escolher receber as suas encomendas no domicílio, embora esta opção tenha também perdido relevância face a anos anteriores (em 2020 atingia os 79%).
As alternativas fora de casa, como os pontos de conveniência (15%) e os lockers (4%), já representam 19% do total, o que traduz um crescimento de 16 pontos percentuais nos últimos seis anos.
A disponibilidade de um horário mais alargado é referida por 43% dos inquiridos como a principal razão para a preferência pelos pontos de conveniência, logo seguido de fatores como o menor custo (31%) a proximidade (27%) e a comodidade (27%).
Segundo os resultados deste inquérito realizado nas redes sociais, 72% maioria dos portugueses compram online produtos de moda e 52% de tecnologia, gastando mensalmente uma média de 70 euros e fazendo cerca de uma compra por mês (67%).
73% compra indiferentemente do dia da semana ou fim de semana e o meio de pagamento mais preferido, independentemente dos meios disponibilizados pelos retalhistas e mais utilizados, é claramente o MB Way (49%).
A principal razão para comprar online, referida por mais de 85% dos e-buyers, prende-se com a maior comodidade e conveniência, quando comparado com a compra nas lojas físicas. E quando se pergunta, por outro lado, quais as principais razões de abandono do “carrinho” de compras surgem nos primeiros lugares fatores relacionados com as entregas, tais como o preço dos envios (70%) e os prazos de entrega (39%).
Deste modo, surge como muito relevante na experiência de compra online, a componente da logística relativa, quer às entregas, quer às devoluções. 68% dos e-buyers referem que a experiência positiva no passado com um transportador influencia positivamente a compra numa determinada loja online. E neste mesmo contexto, o não haver quaisquer problemas nas entregas, cumprindo os seus prazos e horas, é claramente o fator mais apreciado pelos e-buyers (70%).
O CTT e-Commerce Flash Survey foi lançado pela primeira vez em Portugal, nas redes sociais, com o objetivo de conhecer e avaliar hábitos, comportamentos e tendências dos consumidores de compras online.
Além desta primeira edição do Flash Survey e dos Barómetros trimestrais, os CTT são também responsáveis pelo CTT e-Commerce Report ibérico, um estudo de referência no mercado de comércio eletrónico, que será lançado no evento CTT e-Commerce Day & Awards, a realizar em Novembro, em Lisboa.
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