Coimbra

Óbito de Aguiar e Silva: Presidente da República recorda “camoniano ilustre”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 12-09-2022

O Presidente da República lamentou hoje a morte do professor universitário e ensaísta Vítor Aguiar e Silva, que recordou como “camoniano ilustre” e autor de uma “marcante” obra de teoria da literatura.

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Vítor Aguiar e Silva, vencedor do Prémio Camões 2020, morreu hoje, aos 82 anos, anunciou a Universidade do Minho.

Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa refere que o professor “lecionou muitos anos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde se doutorou, transferindo-se mais tarde para a Universidade do Minho, da qual foi vice-reitor”.

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Nesta nota, o chefe de Estado expressa admiração e pesar à família de Vítor Aguiar e Silva, recordando-o como “camoniano ilustre” que, “entre outras atividades culturais e de cidadania, esteve na origem da fundação do Instituto Camões”.

Além dos “labirintos e fascínios” camonianos, “interessavam-lhe os clássicos, maneiristas e barrocos, e os contemporâneos como Jorge de Sena ou Manuel Alegre, tendo também publicado diversos estudos sobre metodologias, humanidades, ensino da literatura, estudos culturais, política da língua e a problemática do cânone”, acrescenta.

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O Presidente da República destaca a sua “Teoria da Literatura”, de 1967, obra “marcante e várias vezes reeditada”.

Ensaísta e professor universitário, Vítor Manuel de Aguiar e Silva nasceu em Penalva do Castelo, no distrito de Viseu, em 1939.

Aguiar e Silva era professor emérito e catedrático aposentado da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da Universidade do Minho.

Na Universidade de Coimbra, obteve todos os seus graus e títulos académicos e foi professor catedrático da Faculdade de Letras até 1989, ano em que pediu transferência para a Universidade do Minho.

Nesta universidade, foi professor catedrático do Instituto de Letras e Ciências Humanas, fundou e dirigiu o Centro de Estudos Humanísticos e a revista Diacrítica. Desempenhou também as funções de vice-reitor, de junho de 1990 a julho de 2002, quando se aposentou.

Aguiar e Silva recebeu, entre outros, o Prémio Vergílio Ferreira de 2002, atribuído pela Universidade de Évora, o Prémio Vida Literária, em 2007, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores e pela Caixa Geral de Depósitos, o Prémio Vasco Graça Moura de Cidadania Cultural, em 2018, e o Prémio Camões, em 2020.

Em 05 de outubro de 2004, foi agraciado pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública.

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