A Câmara Municipal de Miranda do Corvo comemorou, esta segunda-feira, o 42º aniversário do 25 de Abril de 1974, numa cerimónia onde pela primeira vez, segundo informação da autarquia, todas as forças políticas locais tiveram representantes a intervir.
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“Foi um caminho que fomos trilhando e que, finalmente, hoje conseguimos alcançar: ter todos os representantes partidários de Miranda do Corvo a intervir. Esta representatividade é conseguida, não apenas no espaço político, mas também de género e idade” referiu o Presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Miguel Baptista.
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Assumindo que a mais importante conquista do 25 de abril foi a liberdade, frisou que a mesma só existe com tolerância, “como se existisse uma espécie de casamento entre as duas palavras”, referindo-se não só à política local, mas salientando o caso do Ramal da Lousã como exemplo “de a tolerância ter ultrapassado o limite, e que por isso, é necessária a união de todos para alcançar esta luta”.
Para João Mourato, Presidente da Assembleia Municipal, “não existem dois discursos iguais porque o 25 de abril está sempre em evolução” e falou do poder local “como uma excelente conquista, pois teve a visão de fazer o que se precisava de fazer”.
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“A Constituição de 1976, que comemora 40 anos, deu as grandes raízes da liberdade, e é dela que nós queremos viver”, concluiu.
Eurico Fernandes, representante do PS, falou dos direitos laborais conquistados mas afirma que “há muito para se fazer, porque o país ainda tem muitos problemas de miséria, com crianças sem acesso à educação e com muitas pessoas à fome”.
O representante do PSD José Ferreira relembrou que desde o 25 de abril “o concelho passou de um dos mais pobres para um dos que tem melhor qualidade de vida, possibilitando abrir-se para o país”.
Já Júlia Correia, representante do Bloco de Esquerda, falou dos direitos das mulheres no antes e pós-25 de abril, do seu papel e evolução dos mesmos, deixando uma “homenagem a todas as mulheres que viveram e superaram esta fase”.
A representar o CDS-PP, Rita Santos vê uma “revolução sem dono, mas no momento certo, venceu a democracia” e que “Abril cumpre-se a cada ato eleitoral”.
Celeste Cardoso, da CDU, relembrou que a “possibilidade de exercer a liberdade com o voto é a forma de homenagear todos aqueles que se movimentaram na noite de 24 e dia 25 de abril de 1976”.
A comemoração da data foi iniciada com o momento do hastear da bandeira acompanhado pelo Hino Nacional, interpretado pela Filarmónica do Grupo Recreativo Mirandense.
A sessão solene que se seguiu, para além de todos os citados anteriormente, foi acompanhada por várias autarcas e entidades locais.
A cerimónia foi finalizada com um concerto da Filarmónica do Grupo Recreativo Mirandense
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