Coimbra

17 anos de cadeia para madeireiro acusado de matar por 80 euros em Tentúgal

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 22-10-2021

Um madeireiro foi condenado, hoje, pelo Tribunal da comarca de Coimbra, a 17 anos de
cadeia, sob acusação de matar um homem que lhe devia 80 euros.

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O arguido foi detido, em dezembro de 2020, volvidos 45 meses sobre o assassinato de Vítor Carvalheiro.

Na tese da acusação, Licínio N. S., “movido por sentimentos de ódio e de vingança”, retaliou sobre Vítor Carvalheiro por este haver embolsado 80 euros na venda de eucaliptos e o madeireiro ter ficado impedido de cortar as árvores, cujo terreno foi, entretanto, doado aos filhos da vítima.

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Cada qual dos dois filhos de Vítor Carvalheiro é indemnizado no montante de 55 000 euros a título de danos patrimoniais e morais.

A defesa vai recorrer para o Tribunal da Relação de Coimbra.

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A decisão judicial dá como provada a autoria do homicídio qualificado, indicando o acórdão que a prova resulta, essencialmente, do depoimento de uma testemunha, José Carlos, que trabalhava para o arguido e tê-lo-á acompanhado ao local do crime.

O acórdão diz, ainda, não haver sido feita prova de que a testemunha tenha tido intervenção no assassinato de Vítor Carvalheiro, a 10 de março de 2017, em Tentúgal (Montemor-o-Velho).

Independentemente de dar credibilidade ao depoimento testemunhal quanto à consumação do homicídio qualificado, o Tribunal reconhece, acerca de outros aspetos, tratar-se de uma versão não inteiramente credível.

Um relatório do Gabinete de Análise e Coordenação da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ), consultado pelo Notícias de Coimbra, enferma de falta de credibilidade, a avaliar pela decisão judicial, porquanto “baralha números de telemóveis”.

No sobredito relatório, são referidos como pertencendo a Licínio números de telemóveisde duas testemunhas (um homem e uma mulher, irmãos). Estranhamente, no mesmo parágrafo, um número terminado em 760 é mencionado como sendo do arguido e, também, de uma testemunha (José Carlos).

Para o coletivo de juízes, o arguido utilizou meio insidioso, matando com, “pelo menos, 11 fortes pancadas na cabeça”, e agiu com “frieza de ânimo”.

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