Saúde

15,6 milhões de pessoas no mundo terão cancro gástrico

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 horas atrás em 04-07-2025

Um estudo hoje divulgado estima que 15,6 milhões de pessoas no mundo poderão ter cancro gástrico em algum momento da vida, com 76% dos casos a serem provocados pela bactéria ‘Helicobacter pylori’, que vive e infeta o estômago.

PUBLICIDADE

publicidade

As projeções foram feitas para as pessoas nascidas entre 2008 e 2017 e os resultados do trabalho foram publicados na revista médica Nature Medicine.

PUBLICIDADE

O trabalho foi conduzido por uma equipa de peritos da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, da Organização Mundial da Saúde.

Para Portugal, se não forem alteradas medidas de controlo, as estimativas realizadas apontam para 24.725 casos, entre as 928.484 pessoas em risco, com 18.578 dos casos a serem desencadeados por infeções pela bactéria ‘Helicobacter pylori’.

Os autores do estudo defendem um maior investimento na prevenção do cancro do estômago, em particular através de programas de rastreio e tratamento das infeções causadas por esta bactéria.

Para fazerem as estimativas, a epidemiologista Jin Young Park e colegas analisaram dados sobre a incidência de cancro gástrico em 185 países em 2022, juntamente com projeções da mortalidade específica para um grupo de pessoas nascidas no mesmo período baseadas em dados demográficos das Nações Unidas.

Jin Young Park e restante equipa estimam que, na ausência de intervenção, 15,6 milhões de pessoas nascidas no mundo entre 2008 e 2017 provavelmente serão diagnosticadas com cancro do estômago durante a vida, das quais 10,6 milhões na Ásia (6,5 milhões de casos esperados na Índia e China).

Ao modelarem o impacto das estratégias de rastreio e tratamento das infeções pela ‘Helicobacter pylori’ a nível populacional, Park e coautores verificaram que o número esperado de cancros gástricos poderia ser reduzido até 75%.

Os autores do estudo ressalvam que “as estimativas são limitadas pela qualidade e cobertura dos dados, particularmente em locais com poucos recursos, onde os registos de cancro são incompletos ou inexistentes”.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE