Justiça

10 dicas para os pais ajudarem os filhos a lidar com o bullying

Notícias de Coimbra | 4 dias atrás em 17-10-2025

bullying é uma realidade que continua a preocupar milhares de famílias em Portugal. Estima-se que um em cada três alunos já tenha sido vítima e que muitos casos permaneçam em silêncio, por vergonha ou medo de represálias. Para apoiar pais, mães e tutores na prevenção e no acompanhamento destas situações, a Giotto – marca escolar da Fila Iberia –, em parceria com o Instituto de Apoio à Criança (IAC), reuniu 10 orientações práticas que podem fazer a diferença.

Em primeiro lugar, é essencial não desvalorizar sinais de alerta. O bullying não é “normal” nem faz parte do crescimento. Crianças vítimas deste fenómeno podem revelar ansiedade antes de ir para a escola, queixas físicas recorrentes, cansaço extremo, apatia, alterações de humor, isolamento ou irritabilidade.

Também podem surgir marcas físicas sem explicação clara, roupas e materiais danificados, pesadelos, choro durante a noite ou até pedidos de dinheiro adicionais. Ainda que alguns destes sinais possam estar associados a outras fases do desenvolvimento, a acumulação deste tipo de manifestações deve ser motivo de atenção redobrada.

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Criar um espaço de confiança em casa é igualmente determinante. Muitas vezes as crianças não contam o que vivem por receio que não confiem nelas ou por medo que a situação piore. Escutar sem julgamentos, dar tempo e atenção e mostrar disponibilidade constante ajuda a quebrar o silêncio. Nesta fase, reforçar a autoestima da criança é fundamental: valorizar as suas conquistas e qualidades contribui para contrariar a insegurança e o impacto emocional do bullying.

Outro passo importante é explicar claramente o que é o bullying e transmitir que, tal como qualquer outra forma de violência, não é tolerável. Quanto mais informadas estiverem, mais facilmente as crianças identificam episódios e os partilham, seja quando são vítimas, seja quando testemunham situações com colegas. A denúncia deve ser sempre encorajada, lembrando que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas um ato de coragem.

O diálogo regular é outro comportamento essencial. Conversar todos os dias sobre a escola, os amigos e as atividades cria o hábito da partilha e ajuda a identificar problemas. Perguntas simples sobre o recreio, o refeitório ou os trabalhos de grupo revelam dinâmicas e permitem aos pais perceber se algo não está bem. Aproveitar situações mediáticas ou exemplos próximos para introduzir o tema é igualmente útil, bem como partilhar experiências pessoais da época escolar, mostrando que o bullying pode acontecer a qualquer pessoa.

Sempre que necessário, os pais devem recorrer a apoio especializado. Psicólogos, mediadores escolares e associações podem disponibilizar ferramentas adicionais e acompanhar tanto a vítima como o agressor, que também precisa de orientação para mudar comportamentos. Nesse processo, a comunicação com professores e a direção da escola é indispensável, garantindo que todos os intervenientes estão alinhados e comprometidos em resolver a situação.

Estas orientações fazem parte do projeto “Todos Pintamos Contra o Bullying”, que já sensibilizou mais de 25 mil alunos e envolveu mil escolas em todo o país, sempre com o objetivo de criar ambientes escolares mais seguros, respeitadores e inclusivos.

Recorde-se que a Giotto promoveu, em parceria com o IAC, a iniciativa “Aula Contra o Bullying”, que juntou Mimicat, vencedora do Festival da Canção, a coreógrafa Márcia Lopes e o artista de arte urbana, Oker, num momento de reflexão e de partilha sobre o poder da música, da dança e da arte como ferramentas de sensibilização e transformação social.

Para assinalar o Dia Mundial de Combate ao Bullying, a Giotto e o IAC promovem no dia 20 de outubro, às 18:00, uma sessão online gratuita aberta a toda a comunidade. O encontro contará com a participação de Diana Ginja, atriz e autora de apenas 12 anos, que superou o bullying e irá partilhar a sua experiência pessoal. Além do testemunho inspirador, haverá espaço para debater ferramentas práticas de prevenção, deteção e ação, com perguntas e respostas em direto.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do seguinte link.

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