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Vítimas de Pedrógão Grande analisam arquivamento de inquérito na próxima semana

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 06-03-2019

A Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG) disse hoje que pretende consultar, na próxima semana, os documentos do inquérito arquivado sobre alegadas fraudes na distribuição de donativos, antes de se pronunciar sobre a decisão do Ministério Público.

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“Fizemos um pedido formal de acesso ao Ministério Público”, disse hoje à agência Lusa a presidente da associação, Nádia Piazza, remetendo para essa altura “novos desenvolvimentos” e a divulgação da posição da AVIPG sobre o arquivamento do inquérito sobre alegadas fraudes na distribuição de donativos às vítimas do incêndio de 17 de junho de 2017.

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Para já, adiantou, “há algumas lições a reter” do processo de recolha, acondicionamento e distribuição de doações particulares, em dinheiro ou em artigos diversos.

“A afluência de bens e donativos foi imensa e as pessoas deram as coisas de boa-fé, sem exigirem recibos de entrega”, nos vários concelhos atingidos pelo grande incêndio que matou 66 pessoas, salientou Nádia Piazza.

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O MP, através da Procuradoria da República da Comarca de Coimbra, arquivou o inquérito sobre eventuais fraudes na distribuição de donativos aos lesados do incêndio de 2017 em Pedrógão Grande, anunciou hoje a Câmara Municipal, frisando que já esperava este desfecho.

O processo foi arquivado “por inexistência de indícios de crime”, afirma em comunicado o município de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, presidido por Valdemar Alves, reeleito pelo PS, em outubro de 2017, após ter cumprido um primeiro mandato pelo PSD.

“A autarquia e o seu presidente não esperavam outro resultado, face à transparência e lisura que sempre foram a marca dos seus procedimentos”, refere a nota.

Valdemar Alves e a Câmara Municipal “nunca deixaram de confiar na atuação do MP, que se deteve no rigor dos factos e se manteve imune às campanhas persecutórias que lhes estão a ser movidas, com puras motivações políticas e cegamente indiferentes às consequências para o bom nome dos pedroguenses e para a generosidade dos cidadãos”, acrescenta.

No despacho de arquivamento, o MP solicita ao autarca Valdemar Alves para, no prazo de três meses, informar os autos “do destino que vier a ser dado aos donativos depositados em conta bancária, juntando documentos comprovativos”.

O grande incêndio que eclodiu em Pedrógão Grande, junto à povoação de Escalos Fundeiros, em 17 de junho de 2017, originou 66 mortos e mais de 250 feridos, além de avultados prejuízos materiais e ambientais, designadamente na agricultura, floresta, indústria, habitação e equipamentos públicos.

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