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Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 24-07-2017

O presidente da Junta de Freguesia de Trouxemil e Torre de Vilela, que assistia aos trabalhos do executivo municipal, foi intimado por Manuel Machado a abandonar o local, mas Ricardo Rodrigues manteve-se na sala até ao final da sessão, recusando cumprir a ordem do presidente da Câmara Municipal de Coimbra.

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ricardo rodrigues

Isto aconteceu depois de Manuel Machado ter impedido que outro autarca da União de Freguesias Trouxemil e Torre de Vilela de assistir à reunião do executivo municipal, o que gerou o protesto do PSD.

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Quando Aires Leitão, tesoureiro daquela entidade autárquica, eleito pela coligação Por Coimbra (PSD/MPT/PPM), abriu a porta da sala das sessões da Câmara Municipal, Manuel Machado avisou que esta sessão “não é pública” e que o social-democrata devia retirar-se, uma ordem que foi acatada.

Ricardo Rodrigues manteve-se na sala até ao final da sessão, recusando cumprir a ordem do presidente da Câmara e da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

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Os vereadores da coligação Por Coimbra protestaram contra a decisão do presidente, mas Machado ignorou reiteradas acusações de ilegalidade da sua atitude, no meio de uma altercação em que a oposição social-democrata, designadamente José Belo e Paulo Leitão, bateram várias vezes a mão em cima da mesa.

Os trabalhos prosseguiram, sob prolongado protesto dos quatro vereadores do PSD e com o presidente a recusar aceitar um requerimento de José Belo para que a sua decisão fosse “apreciada de imediato pelo plenário”.

O documento acabou, no entanto, por ser entregue pelo jurista José Belo a Manuel Machado, que indeferiu o pedido da bancada social-democrata.

Perante o incidente, os vereadores da CDU e do movimento Cidadãos Por Coimbra (CPC), Francisco Queirós e Carlos Pereira, respetivamente, optaram pelo silêncio nesta fase.

Ricardo Rodrigues, que foi chefe de gabinete do antigo presidente da Câmara Carlos Encarnação (PSD), compareceu nos Paços do Concelho para assistir à discussão e votação de um conjunto de “obras a contratualizar com a União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela”, ao abrigo de um contrato interadministrativo de delegação de competências.

No mandato autárquico que termina este ano, as relações entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal, bem como entre Manuel Machado e Ricardo Rodrigues, foram marcadas por conflitualidade relativa a projetos previstos para o território da união de freguesias.

Por unanimidade, o executivo aprovou a realização de várias obras propostas pela Junta para os anos de 2016 e 2017, mas, por exigência de Manuel Machado, foi excluída uma intervenção na rua da Torna, em Trouxemil.

“Para podermos decidir em conformidade” com a lei e em cumprimento da informação dos serviços técnicos da Câmara Municipal, explicou o presidente.

Trata-se de “uma questão para ser resolvida”, na rua da Torna, contudo, “há procedimentos obrigatórios que não estão feitos”, sublinhou.

Francisco Queirós (CDU) confirmou que, “desde o início do mandato, houve um conflito” e uma “larga telenovela” com a Junta liderada por Ricardo Rodrigues, enquanto Paulo Leitão (PSD) disse não compreender “por que há dois pesos e duas medidas” da Câmara para resolver situações idênticas no concelho.

Sem legitimidade para intervir na sessão, Ricardo Rodrigues, sentado ao lado da bancada dos jornalistas, foi fazendo comentários pouco abonatórios sobre a conduta de Manuel Machado.

Actualização:

O Presidente da União de Fregeusias esclarece que a “CMC não aprovou hoje qualquer obra relativa aos 58.995 euros atribuídos para 2016, ao contrário do que disse o Presidente da CMC erradamente e inexplicavelmente durante a reunião, facto que terá induzido o jornalista em erro.

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