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Vice-presidente da Aliança suspenso de funções até esclarecimento de suspeitas

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 20-02-2019

O vice-presidente da Aliança Carlos Pinto ficou hoje suspenso de funções até ao “cabal esclarecimento” do caso em que é acusado de peculato e prevaricação, e depois de ter posto o lugar à disposição da direção do partido.

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Em comunicado, o partido indica que Carlos Pinto “colocou à disposição as funções que exerce”, numa carta dirigida ao presidente, Pedro Santana Lopes.

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“A Comissão Executiva, reunida esta tarde, entendeu que a solução mais adequada é a suspensão das referidas funções até ao cabal esclarecimento da situação pelas entidades competentes”, lê-se na nota.

Carlos Pinto foi eleito vice-presidente da Aliança no congresso fundador do partido, que decorreu a 09 e 10 de fevereiro, em Évora, tendo exercido funções durante apenas 10 dias.

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Na terça-feira, Pedro Santana Lopes, admitiu o afastamento do vice-presidente, mas disse ser preciso ouvir o antigo autarca da Covilhã antes de tomar uma decisão.

A SIC noticiou no fim de semana que o antigo presidente da Câmara Municipal da Covilhã foi acusado pelo Departamento de Investigação Penal de Coimbra, e que em causa está a alegada construção ilegal de uma casa, bem como o pagamento de parecer jurídicos com dinheiro do município.

Confrontado com isto, o presidente da Aliança sublinhou que “quem seja objeto de acusações dos órgãos competentes em matérias ligadas ao exercício de funções, e que tenha que ver com responsabilização em matéria também financeira, não deve exercer funções políticas”.

“Fui muito claro sobre isso no congresso” fundador do partido, afirmou aos jornalistas à margem de um debate promovido pela Aliança, que decorreu em Lisboa, assinalando que para a Aliança esta é “uma questão de princípio, de facto, sagrada”.

O líder da Aliança considerou que esse entendimento se aplica “quando há acusação”, acrescentando que “uma pessoa ser arguida é diferente, isso não implica nenhuma acusação”.

Ainda assim, sustentou que “quando uma pessoa já está acusada, ou há uma sentença sobre um processo, mesmo que tenha recurso”, essa pessoa “não deve estar a exercer funções políticas, pelas mais variadas razões”.

Apontando que “aqui não há acusações de corrupção”, Pedro Santana Lopes declarou que, “de qualquer maneira, quando estão envolvidas acusações em relação a possíveis crimes no exercício de funções políticas”, a atitude a tomar “tem de ser clara”.

Já em julho de 2017, Carlos Pinto tinha sido condenado a três anos com pena suspensa por prevaricação.

Questionado sobre se tinha conhecimento desta condenação, Santana Lopes disse: “não tínhamos conhecimento das suas implicações”.

Entretanto, Carlos Pinto usou a sua página na rede social Facebook para confirmar ter recebido “um despacho de Acusação do Ministério Público de Coimbra”, que dava conta de “que tinha procedido à realização de um inquérito a partir de denúncia anónima”.

O Ministério Público acusou o antigo autarca de “irregular licenciamento da única casa” que possui e habita “desde 2010, por supostas irregularidades no licenciamento em 2007”.

“À época, lembro-me de ter pedido eu próprio à Procuradoria Geral da República para promover uma análise ao processo de licenciamento na câmara, feito antes de eu ter adquirido o respetivo terreno, tendo no final o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco julgado o procedimento absolutamente correto e legal, e sentenciando a não existência de qualquer irregularidade”, assinala Carlos Pinto.

Apontando que o Ministério Público pretende também que o dirigente responda por “terem sido pedidos dois pareceres a jurisconsultos, alegando que o foram para defesa do respetivo licenciamento”, Carlos Pinto considera que “a iniciativa é dos serviços como é normal, no recurso a entidades tecnicamente especializadas e para defesa do regular procedimento dos atos praticados, como o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco bem sentenciou”.

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