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Venezuela: 25 portugueses isolados em Tovar e Zea devido a intempérie

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 26-08-2021

Pelo menos 25 portugueses e lusodescendentes estão sem eletricidade, comunicações móveis e parcialmente isolados nos municípios de Tovar e Zea, devido ao mau tempo que desde segunda-feira afeta o estado venezuelano de Mérida, oeste do país sul-americano.

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Segundo a cônsul honorária de Portugal em Mérida, Auristher Pinto, foram afetados 3 agregados familiares, com filhos luso-venezuelanos e seus descendentes, que se dedicam ao comércio, à panificação e à agricultura.

“Estão a passar por uma situação muito difícil, devido às contínuas chuvas torrenciais, que têm provocado deslizamentos de terra e fortes correntes de água nos rios e ribeiros, no Vale de Mocotíes, afetando os municípios de Tovar e Zea”, afirmou à Agência Lusa a responsável consular no estado situado 670 quilómetros a sudoeste de Caracas.

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Auristher Pinto explicou ainda que conseguiu saber que estes portugueses estão bem, nas suas casas, mas “parcialmente isolados” uma vez que “apenas motorizadas e viaturas com dupla tração (tração nas 4 rodas) podem chegar” a essas localidades, porque “a torrente levou a estrada”.

“Eles (os afetados) estão a pedir que lhes seja enviada ajuda por via área, principalmente alimentos não perecíveis, água, roupa e medicamentos”, disse Pinto, precisando que a Arquidiocese de Mérida, a Cruz Vermelha, a Cáritas e o Clube Rotary estão a fazer eco desse pedido.

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Entretanto, em declarações à rádio católica “Fé e Alegria”, o secretário-geral de Governo do estado de Mérida, Arquímedes Fajardo, explicou que o mau-tempo provocou a morte de 22 pessoas, 11 delas em Tovar, 9 em Sucre e 2 (crianças) em António Pinto Salinas.

Segundo a mesma fonte, o mau tempo afetou 1.200 casas e destruiu mais de 71 quilómetros de estrada.

Por outro lado, precisou que o Município Tovar é a localidade com mais danos materiais, e que as chuvas torrenciais “destruíram praticamente todo o centro urbano da cidade de Tovar.

Segundo Arquímedes Fajardo “muitas comunidades estão sem serviço de água potável” e sem fornecimento elétrico.

Dados provisórios dos serviços de Proteção Civil dão conta que “mais de 600 casas” foram totalmente destruídas e outras 804 parcialmente danificadas.

Terça-feira, numa intervenção ao país, o Presidente venezuelano pediu tranquilidade à população e anunciou ter sido decretado o estado de emergência em Mérida e ativado um programa “cívico, policial e militar” para dar resposta às pessoas afetadas por uma situação que atribuiu às alterações climáticas.

Nicolás Maduro disse à televisão estatal venezuelana que são esperadas “75 ondas tropicais [que se podem transformar numa depressão ou ciclone], durante a época de chuvas, até setembro” e que até agora, foram registadas 38.

O Presidente venezuelano indicou que as chuvas estão a afetar 85 dos 335 municípios da Venezuela, tendo destruído 8.098 casas a nível nacional e afetado diretamente 9.322 famílias em todo o país.

Além do Distrito Capital, as chuvas estão a afetam 11 dos 23 estados do país (Amazonas, Apure, Arágua, Barinas, Bolívar, Delta Amacuro, Mérida, Táchira, Zúlia e Monágas).

A imprensa local também noticiou mau tempo nos estados de Vargas e Carabobo.

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