Não é o único! Por isso, “Perante os problemas associados ao novo sistema de Prescrição Eletrónica Médica (PEM), através do qual os médicos prescrevem medicamentos”,oa Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos informa-nos que realizou um inquérito aos profissionais da Região, informação avançada por uma das assessorias de imprensa do organismo liderado por Carlos Grave.
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Das respostas dos cerca de mil médicos que participaram, pode concluir-se que 90% consideram que o novo sistema de prescrição dificulta o trabalho e o contacto com os doentes. Por cada cem consultas semanais, em quatro, os médicos não conseguem passar receitas por indisponibilidade do sistema. Por causa disso, há doze pessoas, por mês, que têm de regressar ao centro de saúde ou ao hospital apenas para conseguirem as receitas de que necessitam, acrescenta a informação enviada a NDC.
Outra das conclusões que o inquérito permite retirar, segundo a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos “é que a maioria dos médicos não consegue aceder à medicação crónica dos doentes, o que pode comportar riscos para os próprios utentes, já que é fundamental conhecer a medicação habitual dos mesmos para poder prescrever um novo medicamento”.
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“Quanto ao tempo perdido devido ao mau funcionamento do sistema, os médicos inquiridos referem que perdem, em média, 16 minutos por hora a abrir a aplicação informática e a esperar pela impressão das receitas, sem que seja possível utilizar o computador, uma vez que o programa bloqueia os registos, até que termine a prescrição. Caso os médicos abram o acesso à medicação crónica, passam a perder uma média de 25 minutos por hora de trabalho, tempo no qual poderiam atender, em média, mais dois doentes por hora. Isto significa que há cerca de 320 pessoas que, por mês, deixam de ser atendidas devido ao tempo que os médicos perdem com o novo sistema”, conclui a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.
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